Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Desde maio do ano passado, um mistério atormentava políticos no Congresso Nacional, gerando desconfiança. Dezenas de parlamentares tiveram o aplicativo de mensagens WhatsApp clonado por golpistas. A Polícia Legislativa emitiu comunicado a todos os deputados federais e senadores, recomendando procedimentos para dificultar a invasão ou a clonagem. O WhatsApp é um aplicativo muito seguro, garantem os especialistas, mas os telefones celulares, não.
Os que não se preveniram agora pagam o preço. É indiscutível que os criminosos querem desestabilizar o País.
Hábito no Primeiro Mundo
Há muitos anos, funciona nos Estados Unidos uma agência especializada em combater o terrorismo eletrônico. Prova da importância que os ciberataques ganharam após invasões de sistemas de grandes empresas, veículos de comunicação e governos. Seja roubando informações pessoais, arquivos confidenciais ou expondo a intimidade de celebridades, esses piratas tornaram-se inimigos públicos mundiais.
Cinco casos famosos
1) Adrian Lamo ficou conhecido após invadir os sistemas do The New York Times, Google, Yahoo e Microsoft, até ser preso em 2003. Ele era conhecido como o hacker sem-teto por usar cafés e bibliotecas como base. Após investigação de 15 meses, Lamo foi preso na Califórnia.
2) Em 2008, Owen Thor Walker liderou rede de hackers que invadiu 1 milhão e 300 mil computadores e roubou 20 milhões de dólares de contas correntes.
3) Kevin Mitnick começou aos 15 anos, quando invadiu os sistemas da Nokia, IBM e Motorola. Preso em 1995, a determinação foi que ficasse numa solitária. O juiz considerou que ele poderia começar uma guerra nuclear usando as teclas do telefone da prisão.
4) Aos 15 anos, Jonathan James invadiu o sistema da Nasa e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, roubando softwares. Ao interceptar o código da Estação Espacial Internacional, levou a Nasa a desligar seus computadores por três semanas.
5) Gary McKinnon invadiu 100 servidores da Nasa e do Exército norte-americano entre 2001 e 2002. Para cometer os crimes, usava o computador da casa da tia de sua namorada, em Londres. O hacker conseguiu excluir informações, softwares e arquivos importantes do governo dos Estados Unidos.
Insaciáveis
Esquenta no forno a proposta de fazer voltar o financiamento de empresas para as campanhas eleitorais. Há quase unanimidade entre dirigentes de partidos, insatisfeitos com o limite do Fundo Eleitoral. Estão acostumados a gastar muito mais.
Gastos e consequência
A Dívida Pública Federal aproxima-se dos 4 trilhões de reais. Dado do mais recente balanço, divulgado ontem pelo Tesouro Nacional, aponta 3 trilhões e 978 bilhões. Como não existe nada de graça, ao final do ano os bancos terão embolsado em torno de 600 bilhões de reais só de juros.
Após muita demora
O presidente Jair Bolsonaro acompanhará, dia 12 de agosto, a liberação de 47 quilômetros de duplicação da BR 116. Além de Pelotas, os trechos incluem Tapes, Arambaré, Camaquã e São Lourenço do Sul. As obras tiveram início em 2012.
Quando serão punidos?
Completaram-se ontem seis meses da tragédia com o rompimento da represa de rejeitos de minérios em Brumadinho. Os irresponsáveis mataram 248 pessoas. Outras 22 seguem desaparecidas.
Precursor da notícia falsa
A 30 de outubro de 1938, a Rádio CBS interrompeu a programação musical para anunciar uma invasão alienígena nos Estados Unidos. A transmissão durou uma hora, desencadeando um medo jamais visto. Seis milhões de pessoas ouviram e entraram em pânico, congestionando as linhas telefônicas da Polícia.
Era a dramatização da obra A Guerra dos Mundos, de George Wells.
Assunto do dia
Nos últimos dias, perderam status os políticos que não aparecem na lista de vítimas dos hackers.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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