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Geral Não se culpe pelos erros dos seus filhos

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A maternidade e a paternidade representam um divisor de águas na vida das pessoas. (Foto: Reprodução)

A maternidade e – para sermos justos com os homens – a paternidade representam um divisor de águas na vida das pessoas. Ao nos tornarmos responsáveis por outro ser humano, nos esforçamos para nos transformar numa versão melhorada de nós mesmos. Generosidade, sacrifício e abnegação passam a ser as palavras que nos definem. Imaginamos que essa entrega toda terá o poder de criar indivíduos felizes e de bom caráter (na verdade, nossas versões aperfeiçoadas). E quando isso não acontece? Até quando você vai se culpar e tentar resolver os problemas do rebento que agora é gente grande?

O psicólogo Henry Cloud, Ph.D em filosofia e autor de best-sellers como “Limites: quando dizer sim e quando dizer não”, que escreveu com John Townsend, usa uma imagem bem simples para ilustrar sua tese: “uma casa sempre tem uma cerca ou um muro para demarcar o terreno. No mundo imaterial dos relacionamentos, essa linha é mais difícil de se traçar, mas, se não estabelecermos limites, corremos o risco de acabarmos numa situação tóxica. Se o vizinho não corta os galhos da árvore que lhe pertence, eles vão cair no seu quintal. O mesmo se dá nas relações. Há adultos que não se responsabilizam por seus atos, mas você não pode se tornar ‘proprietário’ dos problemas de seus filhos”.

Cloud lembra que há eventos sobre os quais não temos controle, mas podemos, e devemos, criar barreiras para que os outros não se apossem do nosso território. “O limite é uma linha de propriedade, de posse, que estabelece quem controla, quem é o responsável”, ele explica. “Dessa forma, assim como não deixamos a porta da casa aberta, podemos evitar que determinadas pessoas se aproximem. Entrar num terreno sem ser convidado é ilegal, mas não damos a devida atenção quando alguém força a barra no coração, na alma do outro”, acrescenta.

Mentir, não cumprir compromissos, envolver-se em ilegalidades – a lista é longa e dolorosa, mas cabe ao adulto que tomou más decisões reparar o erro. O psicólogo dá o exemplo de um casal às voltas com o filho que, sem conseguir ter controle sobre os gastos, fica cheio de dívidas. “Quando os pais se desesperam e se perguntam: ‘como vamos pagar isso?’, eu digo que o erro está no pronome nós. Não são eles que têm que arcar com a responsabilidade”, analisa. Não se trata de abandonar os filhos, e sim de se fazer presente com o apoio de quem é solidário, mas sem abrir mão da crítica construtiva de quem vê os deslizes e sabe que é seu dever apontá-los. Cloud e Townsend já venderam milhões de exemplares e exploram esse filão mostrando como traçar limites também nos relacionamentos amorosos e no ambiente profissional.

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https://www.osul.com.br/nao-se-culpe-pelos-erros-dos-seus-filhos/ Não se culpe pelos erros dos seus filhos 2019-01-15
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