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Armando Burd Não se entenderam

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Na tribuna da Câmara dos Deputados e também do Senado, desfiles de oradores sofríveis. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A previsão era começar ontem à tarde a discussão e votação da reforma da Previdência. Porém, a sessão plenária da Câmara aproximou-se da insanidade. Os deputados federais passaram, das 14h às 20h30min, debatendo o projeto de regulamentação da prática de vaquejadas, rodeios e festivais de laço. Em meio a manifestações se são cultura ou tortura, parlamentares entravam no tema da Previdência. Só às 21 horas começou o debate sobre a reforma.

Sétima investida

Desde a Constituição de 1988, foram aprovadas seis emendas constitucionais sobre a Previdência Social. A primeira em 1993. Seguiram-se as de 1998, 2003, 2005, 2012 e 2015. Todas com tons de maquiagem. Nenhuma com a profundidade da atual.

Fama vai longe

Em meio aos discursos na Câmara, ontem, o deputado federal Marcelo Ramos, do PL do Amazonas, não fez cerimônia: “Vocês não querem que nos transformemos num Rio Grande do Sul, que não consegue pagar os salários em dia. É o que acontecerá no país se a reforma da Previdência não for aprovada.”

Reforço

Pouco depois, o deputado federal Giovani Cherini, líder da bancada gaúcha, confirmou o que Marcelo Ramos, seu colega de partido, tinha dito: “O Rio Grande do Sul não tem como pagar os servidores públicos.”

Ficará insuportável

Análise do balanço do governo federal mostra que, desde 1º de janeiro deste ano, 57 por cento das despesas, excetuando o pagamento de juros para rolar a dívida, deram-se com a Previdência. No mesmo período, os setores de Saúde e Educação, juntos, somaram 17 por cento. Há quatro anos, os gastos com a Previdência eram de 53 por cento; Saúde e Educação ficavam com 19 por cento. Os indicadores apontam para o crescimento da desproporção.

Oposição concorda com Onyx

Os deputados estaduais da oposição, entre eles Pepe Vargas, Luiz Fernando Mainardi, Jeferson Fernandes, Sofia Cavedon e Luciana Genro, concordaram com o ministro-chefe da Casa Civil. Sexta-feira passada, em Porto Alegre, Onyx Lorenzoni condenou o Plano de Recuperação Fiscal, que o governo do Estado quer assinar, taxando-a como agiotagem.

Reação a ofensas

Após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020, com 37 votos favoráveis contra 13, parte dos que acompanhavam ontem a sessão plenária nas galerias passaram a ofender os parlamentares. Edson Brum, Any Ortiz e Rodrigo Lorenzoni foram ao microfone de apartes pedir providências. O presidente Luís Augusto Lara garantiu que a Corregedoria examinará os vídeos para encaminhar a solicitação de abertura de inquérito policial.

Foi adiante

A última manifestação na tribuna foi da deputada Any Ortiz. Relatou ter tomado a iniciativa de processar manifestantes que, no ano passado, ofenderam o plenário durante uma votação. Foram condenados à retratação e ao cumprimento de penas alternativas.

A palavra que falta

O diretório municipal do PP reuniu-se ontem à noite, mas não tomou a decisão de sair do governo Marchezan. Aguardará o retorno, na sexta-feira, do vice-prefeito Gustavo Paim, que participa de evento na Holanda, para ouvir sua opinião. Novo encontro ocorrerá na próxima semana.

Batendo na mesma tecla

“A Comissão da Reforma Tributária da Câmara dos Deputados vai começar a buscar o apoio dos governadores à proposta de mudança na estrutura nacional de impostos. A adesão dos governadores é considerada essencial pelos principais articuladores da comissão, uma vez que a principal alteração sugerida é a criação do novo imposto sobre produção, consumo e serviços, com alíquota entre 20 e 22 por cento, em substituição ao ICMS, hoje principal fonte de renda dos Estados.”

A notícia foi publicada pelos jornais a 10 de julho de 1999. Até agora, nada.

Discurseira

Às 23h de ontem, seguia a sessão plenária rocambolesca da Câmara dos Deputados.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/nao-se-entenderam/ Não se entenderam 2019-07-10
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