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Política Nos bastidores, Bolsonaro diz a aliados que não vai ceder às declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

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O encontro, segundo confirmou a assessoria do parlamentar, foi para tratar a agenda da semana. Na foto, Bolsonaro (E) e Maia (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Apesar de ter dito em entrevista que está “aberto ao diálogo” para contornar a crise com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o presidente Jair Bolsonaro confidenciou a auxiliares que não está disposto a ceder ao parlamentar, que decidiu se afastar da articulação política da reforma da Previdência. O mandatário, de acordo com uma fonte do governo, classifica o episódio de Maia como “pressão do Congresso por cargos e vantagens”. As informações são do jornal O Globo.

“Na avaliação do chefe do Executivo”, segundo relatou a mesma fonte, “há uma tentativa de afundar o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, enfraquecer a Operação Lava-Jato e sacrificar pautas em troca da Previdência.

Bolsonaro teria confessado, ainda, ter ficado “indisposto” com Maia após ter escalado políticos de partidos de esquerda para analisar o pacote de Lei Anticrime. O presidente da Câmara indicou os deputados Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP) para analisar a proposta. A relatoria do projeto, no entanto, foi entregue ao Capitão Augusto (PR-SP), integrante da chamada Bancada da Bala.

Na capital chilena, onde participou de um encontro de líderes sul-americanos, Bolsonaro disse que gostaria de saber o porquê de Maia ter se afastado. Eu quero saber o motivo. Estou sempre aberto ao diálogo. Eu estou fora do Brasil, quero saber qual o motivo. Eu não dei motivo para ele sair”, declarou o presidente ao ser perguntado por jornalistas se via com preocupação a desmobilização de Maia para buscar apoio no Congresso para aprovar a reforma.

Na mesma entrevista, o presidente saiu em defesa do filho Carlos Bolsonaro e afirmou que o post do vereador não seria motivo para a saída de Maia. Na quinta-feira, Carlos Bolsonaro escreveu em uma rede social que “há algo bem errado que não está certo” e compartilhou a resposta do ministro da Justiça, Sergio Moro, à decisão de Maia de não dar prioridade ao projeto que prevê medidas para combater o crime organizado e a corrupção.

Se essa foi a causa, acho que o Brasil todo está indignado com a demora da votação do projeto anticrime. Nós, no Brasil, não conseguimos viver com 60 mil homicídios por ano. Foi esse o motivo? Se foi esse o motivo, eu lamento. Não é motivo”, disse o presidente.

Líder do PSL na Câmara cobra Onyx

Em meio à crise envolvendo o presidente da Câmara, o líder do partido do presidente Bolsonaro na Casa, Delegado Waldir (PSL-GO), cobrou do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que atue para montar um bloco de apoio ao governo e que mantenha o diálogo com Maia, a quem exaltou como “indispensável” para a aprovação da reforma.

O “apelo” foi feito em almoço nesta sexta-feira, em Brasília, do qual também participaram o deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e a deputada Bia Kicis (PSL-RJ). De acordo com Waldir e Bia, o ministro deixou o encontro com o compromisso de tentar agendar um encontro entre Maia e Bolsonaro no início da semana que vem, para aparar arestas entre os dois.

Nós fomos dialogar a respeito da dificuldade do governo, apelando à Casa Civil que monte um grupo de trabalho para a montagem de um bloco de apoio ao governo e mantenha um diálogo com o presidente Rodrigo Maia”, declarou o líder do PSL.

Para o deputado, “algumas sinalizações, alguns embates desnecessários acabaram acontecendo e poderiam prejudicar o andamento da reforma da Previdência”. Em sua argumentação em favor de uma reconciliação, o delegado não poupou loas a Rodrigo Maia.

Ele é um cara indispensável, é defensor da reforma da Previdência, é muito ligado ao liberalismo econômico e é quem pode avançar e ser o coordenador dessa reforma. É ele que tem liderança, tem perfil, tem paixão pela reforma da Previdência”, disse.

Se com ele já é difícil, sem ele, então, é muito difícil. O Maia é essencial”, acrescentou o deputado. “Ele é o ator principal. Você prefere estar com o ator principal num filme seu ou não?”, questionou.

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