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Brasil “Fui vítima de uma criminosa armação. Mas isso não significa que não tenha errado. Nos últimos dias, minha vida foi virada pelo avesso”, diz o senador Aécio Neves

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Senador afastado escreveu artigo na Folha de S.Paulo. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (22), que não cometeu nenhum crime e atacou o dono da JBS e delator, Joesley Batista. O tucano inicia o texto declarando que, nos últimos dias, teve a vida foi virada pelo avesso. A irmã de Aécio, Andréa Neves, e o primo dele Frederico Pacheco, foram presos em operação da PF na quinta-feira passada.

Em depoimento de delação premiada homologado pelo STF (Sumpremo Tribunal Federal), o empresário Joesley Batista disse que pagou este ano 2 milhões de reais em propina a Aécio Neves, a fim de que ele atuasse em favor da aprovação da Lei de Abuso de Autoridade e anistia ao Caixa 2 em campanhas eleitorais. O dinheiro teria sido entregue ao primo de Aécio, que foi filmado durante a entrega. Andrea Neves é suspeita de intermediar pagamento de propina de 2 milhões de reais ao irmão.

Nos últimos dias, minha vida foi virada pelo avesso. Tornei-me alvo de um turbilhão de acusações, fui afastado do cargo para o qual fui eleito por mais de 7 milhões de mineiros e vi minha irmã ser detida pela polícia sem absolutamente nada que justificasse tamanha arbitrariedade. Tenho sentimentos, sou de carne e osso, e esses acontecimentos – o que é pior, originados de delações de criminosos confessos, a partir de falsos flagrantes meticulosamente forjados- me trouxeram enorme tristeza”, afirmou o tucano no artigo.

Tudo isso sofreu um abalo sísmico, na semana passada, com a divulgação de gravações covardemente feitas pelo réu confesso Joesley Batista de conversas com o presidente da República e de outras que manteve comigo. Nestas, ele tenta conduzir o diálogo para criar-me todo tipo de constrangimento. Lamento sinceramente minha ingenuidade.”

Ele afirmou ter sido “vítima de criminosa armação. Mas isso não significa que não tenha errado. Errei ao procurar quem não deveria”. No artigo, o senador afastado disse ter solicitado à irmã que procurasse Joesley Batista, a quem ela não conhecia, na tentativa de vender o apartamento em que a mãe mora. Segundo ele, parte desse valor ajudaria a arcar com os custos de sua defesa.

Errei mais ainda, e isso me corrói as vísceras, em pedir que minha irmã se encontrasse com esse cidadão, que em processo de delação arquitetou um macabro e criminoso plano para obter certamente ainda mais vantagens em seu acordo. Vale aqui registro em relação aos motivos usados para a suspensão de meu mandato parlamentar, iniciativa para a qual não há precedentes. Nenhum de meus atos legislativos e políticos demonstram qualquer intenção de obstruir a Lava-Jato ou qualquer outra investigação, tampouco interferir em instituições encarregadas de apurar os fatos”, escreveu Aécio.

No artigo, o tucano disse que, ao se referir a autoridades, usou um vocabulário que não costuma usar e se penitencia. Declarou ainda que já se desculpou pessoalmente com eles.

Mas reafirmo: não cometi nenhum crime! Setores da imprensa vêm destacando uma acusação do delator de que, em 2014, eu teria recebido R$ 60 milhões em ‘propina’. Mas muito poucos tiveram a curiosidade de pesquisar e constatar que isso se refere exatamente aos R$ 60 milhões que a JBS doou legalmente a campanhas do PSDB naquele ano. E foram raros também os que se interessaram em registrar afirmações dos próprios delatores sobre mim ‘nunca nos ajudou em nada’ e ‘nunca fez nada por nós’, disseram a meu respeito. Então pergunto: onde está o crime? Aliás, de qual crime acusam a mim e a meus familiares?”, afirmou Aécio.

 

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