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Por Redação O Sul | 16 de junho de 2018
A confiança dos torcedores da Suíça não está lá essas coisas em relação ao Mundial que está sendo disputado na Rússia. Se observarem o retrospecto de seu país na história do torneio, entretanto, eles verão que o time da terra dos relógios, bancos e chocolates não sofreu derrota ao estrear nas últimas quatro edições.
E esse dado pode deixá-los mais esperançosos para o duelo contra o Brasil, às 15h deste domingo, partida que abre a participação de ambos os escretes na competição de 2018.
Desde que voltaram a aparecer no Mundial com frequência – foram quase 30 anos de ausência depois do Mundial da Inglaterra (1966) –, os suíços não sabem o que é perder na primeira rodada. A equipe empatou em 1 a 1 com os donos da casa em 1994, nos Estados Unidos.
Também surpreenderam a França, em 2006 (Mundial da Alemanha), ao ficarem no 0 a 0 e terminarem em primeiro lugar no grupo. Nessa edição, a Suíça foi eliminada sem sofrer um gol sequer no tempo regulamentar em toda a sua participação no torneio. A queda veio nos pênaltis, contra a Ucrânia, após novo empate sem gols.
Em 2010, no Mundial da África do Sul, a Suíça bateu por 1 a 0 a Espanha, então campeã europeia, por 1 a 0. Mas um inesperado empate com Honduras, na última rodada, tirou das oitavas-de-final a Seleção da cruz branca na camisa vermelha.
Já no Mundial do Brasil, e, 2014, a Suíça superou o Equador por 2 a 1. Mas parou na fase seguinte, ao cair diante dos argentinos, que seriam os vice-campeões ao perderem a final para a Alemanha no estádio Maracanã.
Nas seis aparições anteriores, a Suíça não foi muito bem. Perdeu três estreias (1950, 1962 e 1966), venceu duas (1934 e 1954, quando foi anfitriã e obteve a sua melhor colocação da história no Mundial, ao ficar entre os oito primeiros) e empatou em seu jogo de abertura no Mundial de 1938, o último antes da pausa geral devido à Segunda Guerra Mundial – a competição seria retomada em 1950, no Brasil.
Expectativa
A força defensiva talvez seja a principal característica da Seleção da Suíça. Esse aspecto tornou-se uma marca registrada em 2006, quando a equipe foi eliminada do Mundial da Alemanha sem sofrer um mísero gol. Fato raro na história do evento.
E para o jogo contra o Brasil, não será diferente. Pelo menos é o que garantiu o lateral Ricardo Rodriguez: “Vamos jogar por uma bola. Sabemos que o Brasil é muito forte”.
A resposta direta de um dos principais jogadores da Suíça contrasta com o discurso dos outros jogadores já entrevistados. Todos eles tentaram de algum jeito escapar da pergunta sobre a estratégia que usariam.
“Nós já mostramos que podemos jogar bem contra os grandes times. Temos uma defesa forte. A grande chave é fazer o gol na chance que tivermos. Não teremos muitas chances. Quando tivermos, temos que aproveitar” completou.
A Suíça já foi conhecida como o time do ferrolho, da retranca. Mas isso mudou nos últimos anos. Como aconteceu com a Alemanha, a entrada de gerações de imigrantes no país mudou a sociedade da suíça. E essa alteração se reflete no time, com jogadores de origens diferentes, e com um estilo de jogo mais ofensivo.
Nesse domingo, os suíços não devem tiram o olho de Neymar. Para eles, o camisa 10 brasileiro está entre um dos três melhores jogadores do mundo. O lateral-direito Lichtsteiner, capitão da equipe, disse que “Neymar, assim como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, é um jogador especial. E Seleções que têm jogadores especiais sempre levam uma vantagem”.
Essa Suíça de 2018 também tem jogadores que são destaques em grandes times da Europa, como Rodríguez, lateral-esquerdo do Milan. Xhaka, meia do Arsenal, da Inglaterra, e Shaqiri, que vai disputar a terceira Copa do Mundo.
Petkovic lembra que como técnico da Seleção e professor de futebol, jamais fica satisfeito com um empate. Ele sempre vai tentar a vitória. Especialmente, diante da maior autoridade do país.