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Brasil O deputado federal cassado Eduardo Cunha está escrevendo à mão, dentro de sua cela no presídio, a sua delação

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Cunha passou a colocar no papel as histórias que quer contar aos procuradores. (Foto: Reprodução)

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba desde outubro do ano passado, está há mais de um mês escrevendo à mão de dentro de sua cela os anexos de uma proposta de delação que negocia com o Ministério Público no âmbito da Lava Jato.

Na segunda semana de maio, Cunha passou a colocar no papel as histórias que quer contar aos procuradores. O ex-presidente da Câmara usa uma caneta esferográfica comum e folhas em branco soltas. Há três semanas o advogado Délio Lins e Silva, recém contratado por Cunha, teve um encontro com um assessor de confiança do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília. Forneceu uma amostra do que o ex-deputado pode revelar.

Entre as histórias que Cunha promete revelar, há suposto esquema de cobrança de propina relacionada à liberação de verba do Fundo de Investimento do FGTS. O sinal do Ministério Público à proposta foi positivo.

Segundo pessoas com acesso ao deputado, Cunha resolveu pôr no papel as histórias após receber o recado de que o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, que atuava como operador do ex-presidente da Câmara, também resolveu contar o que sabe.

Paralelamente os dois passaram a escrever propostas de delação. Com a eclosão das denúncias da JBS, Cunha decidiu que seu defensor deveria procurar a Lava Jato para manifestar intenção de delatar.

Ao decidir tentar a delação, seria natural que Cunha fosse transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Mas segundo a reportagem apurou, o deputado quis permanecer no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana da cidade.

Como ele pretende delatar alvos com foro privilegiado, as negociações serão todas feitas com procuradores de Brasília. Cunha pode ser transferido para o presídio da Papuda, no Distrito Federal. Procurado, Lins e Silva negou que seu cliente esteja escrevendo a delação. A Procuradoria não quis comentar.

Parceria

O MPF-RN (Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte) denunciou os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para os procuradores, entre Cunha e Alves existia uma “verdadeira sociedade ilícita ou parceria criminosa”. Alves foi preso pela Polícia Federal em sua casa em Natal (RN) no dia 6 e Cunha está custodiado no Complexo Médico-Penal do Paraná desde outubro do ano passado.

Segundo a denúncia entregue à Justiça Federal, de 2012 a 2014 os dois ex-parlamentares solicitaram e receberam um total de 11,5 milhões de reais em vantagens indevidas por meio de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, “em razão da atuação política e parlamentar em favor dos interesses de empreiteiras”. Além disso, outros 4 milhões de reais teriam sido repassados a dois clubes de futebol, a pedido de Alves (que também foi ministro dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer).

Cunha e Alves foram alvos da Operação Manus, desdobramento da Lava-Jato deflagrado no dia 6 para investigar um rombo no FI-FGTS (Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) da Caixa Econômico Federal, além de desvios de 77 milhões de reais na Arena das Dunas para a Copa de 2014.

Também foram denunciados o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro e o executivo da empreiteira Odebrecht Fernando Ayres, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, bem como o empresário e ex-secretário de Obras de Natal (RN) Fred Queiroz e o também empresário Arturo Câmara, sócio da Art&C Marketing Político, por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os dois últimos teriam usado a campanha de Alves a governo do RN como “mecanismo de lavagem de dinheiro proveniente do crime de corrupção passiva”. (Folhapress)

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