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Cinema O diretor do filme sobre Elton John negou censura a cenas LGBT

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Taron Egerton como Elton John em "Rocketman", que estreia em 2019. (Foto: Paramount Pictures/Divulgação)

O público que aguarda ansiosamente pela estreia de “Rocketman” em maio deste ano não precisa ter dúvidas: o filme baseado na vida do músico Elton John não deixará de lado seu engajamento e presença no cenário LGBT.

O diretor da cinebiografia negou os boatos de que uma cena gay pudesse ser cortada por uma suposta “censura” do estúdio Paramount, que está produzindo o filme. De acordo com Dexter Fletcher, que também dirigiu Bohemian Rhapsody após ademissão de Bryan Singer, o relacionamento entre Elton John (Taron Egerton) e John Reid (Richard Madden) estará presente no filme.

“Estou vendo muita especulação sobre Rocketman. Isso é bom! Ainda não foi finalizado, então não são nada além de rumores. Ele é e sempre será sem inibições, uma fantasia musical que a Paramount e os produtores apoiam e acreditam com muito amor. Veja você mesmo em 24 de maio”, escreveu em sua conta no Twitter.

Bohemian Rhapsody

O filme sobre Freddie Mercury, “Bohemian Rhapsody” (2018), foi lançado na China na sexta-feira (22), mas com censura a trechos que fazem referência à homossexualidade do cantor da banda Queen e ao seu diagnóstico de HIV.

Vários minutos do longa foram cortados, incluindo cenas em que dois homens se beijam e em que a palavra “gay” é pronunciada.

Na internet, houve uma grande reação ao lançamento do filme no país asiático. Mais de 50 mil usuários publicaram resenhas no Sina Weibo, equivalente ao Twitter no país e uma das redes sociais mais populares entre os chineses. Embora alguns usuários tenham se queixado de “assistir ao filme pela metade e ter de adivinhar” o que acontecia na tela por causa das cenas eliminadas, outros se disseram satisfeitos pelo fato de o filme ter sido lançado no país.

Na versão chinesa do filme, várias cenas foram alteradas ou excluídas. Referências explícitas ou implícitas à sexualidade de Mercury foram cortadas, incluindo uma cena importante em que ele sai do armário para sua então namorada.

Outras cenas removidas incluem um close-up da virilha de Mercury enquanto ele se apresenta, interações com seu companheiro Jim Hutton e toda a sequência em que o personagem e seus colegas de tela recriam o icônico videoclipe do Queen de 1984 para o single I Want to Break Free, em que os músicos se vestem com roupas femininas.

Milhares de chineses têm compartilhado pelas redes sociais avaliações do filme. A maioria é positiva – no Sina Weibo, por exemplo, 80% deram a nota máxima, cinco estrelas.

Mas também houve críticas ​​às alterações. “Teria sido melhor se cenas não tivessem sido eliminadas”, escreveu um usuário na rede social. “Por que é necessário excluir o conteúdo relacionado a gays? A vida de uma pessoa não deve ser completa?”

Outro usuário disse ser “muito bom que Bohemian Rhapsody esteja sendo exibido na China”. “Mas o enredo foi comprometido por causa de cenas apagadas.”

Relações homossexuais são legalizadas na China há mais de duas décadas, e a Sociedade Chinesa de Psiquiatria removeu a homossexualidade da classificação de transtornos mentais do país em 2001. Mas a censura ao filme foi amplamente antecipada.

Nos últimos anos, autoridades chinesas iniciaram uma campanha contra qualquer conteúdo considerado “inapropriado”. Referências explícitas a relações entre pessoas do mesmo sexo são proibidas. Conteúdos gays são frequentemente removidos ou censurados pela mídia chinesa, para seguir as regras impostas pelo governo.

Em fevereiro, a cobertura do Oscar pela emissora Mango TV foi duramente criticada por alterar uma referência à homossexualidade no discurso de Rami Malek, que interpreta Freddie Mercury, ao receber o prêmio de melhor ator. A mesma emissora foi alvo de protestos em 2018 por censurar bandeiras do arco-íris, símbolo do movimento LGBTI, e tatuagens em sua transmissão do concurso musical Eurovision.

No início deste ano, o serviço de streaming iQiyi foi ridicularizado por borrar as orelhas de atores que usavam brincos, o que foi interpretado como uma tentativa de perpetuar os papéis de gênero “tradicionais”.

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