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Armando Burd O escândalo chega à mesa

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A receita criminosa misturou, em grande quantidade, canalhas, trapaceiros, patifes, embusteiros, infames, pilantras e salafrários. Resultou numa produção de dar engulhos. Foram pegos na boca do forno pela Policia Federal.
De sobremesa, precisam ser enquadrados como autores de atos hediondos.

TEMPERATURA ALTÍSSIMA

Leonardo Busatto, no programa Pampa Debates, da TV Pampa, avaliou sua mudança do cargo de subsecretário estadual da Fazenda para secretário municipal da mesma área na Prefeitura de Porto Alegre: “Saí da frigideira para o fogo direto”.

RÁPIDO BALANÇO

Informações de Busatto: 1) para terminar as obras da Copa em Porto Alegre são necessários 245 milhões de reais que a Prefeitura não tem; 2) faltam 10 milhões de reais para que o acesso do Centro ao Aeroporto Salgado Filho pela Avenida Farrapos se dê sem desvios; 3) da receita prevista de 6 bilhões e 900 milhões para este ano, a Prefeitura recebeu 1 bilhão e 100 milhões nos primeiros 75 dias. Nesse total inclui-se o pagamento antecipado e com desconto do IPTU. Em época de crise, pôr no caixa mais 5 bilhões e 800 milhões será uma odisseia.

QUAL A PRIORIDADE?

Quando estava na Secretaria da Fazenda, Busatto e a equipe técnica estimaram a despesa anual com a contratação de 10 mil soldados, que preencheriam as vagas abertas na Brigada Militar. Chegaram ao valor de 4 bilhões de reais. O orçamento previsto para 2017 é de 33 bilhões de reais. A escolha cabe ao governo: retirar de outros setores o total necessário ou manter a situação atual na segurança pública.

QUESTÃO FUNDAMENTAL

Reforma política só será verdadeira se mudar o conceito de partido. Hoje, na maioria, virou sinônimo de dominação e comando oligárquico. O que menos importa é a obediência ao programa. Prevalecem os interesses na busca do poder, de privilégios, de sinecuras e de fontes de arrecadação do dinheiro público ou privado.

NA CARONA

Em agosto, vão se completar 17 anos da publicação, no Diário Oficial, do Código de Conduta da Alta Administração Federal. Por tudo quanto se viu no período, esqueceram muitas vezes de atentar para o artigo 7º: as autoridades não podem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre probidade ou honorabilidade.

TESOURA INJUSTA

Os credores seguem sendo espoliados pelos precatórios. Os governos devem, negam-se a cumprir decisões judiciais e, quando pagam, arrancam desconto absurdo de 40 por cento. Sobre o assunto, uma das melhores definições é do advogado Ives Gandra Martins:
“O calote oficial sempre foi a marca dos governos, mesmo daqueles considerados bons numa perspectiva histórica, como se o privilégio da imoralidade fosse privilégio dos homens públicos.”
No Rio Grande do Sul, o total de precatórios atinge 12 bilhões e 500 milhões de reais. Corresponde a quase um terço da receita anual.

RÁPIDAS

* A contradição do governo federal: enquanto financia empresas privadas com juros subsidiados via BNDES, cobra dos Estados taxas extorsivas.

* A oposição no País está reduzida a um mingau sem consistência. Há confeiteiros de plantão tentando acrescentar farinha e aumentar o fogo.

* Qualquer governo entra em colapso quando o único sistema de comunicação que funciona é o de refrigeração e de aquecimento.

* De aumento em aumento, as companhias elétricas vão tirando como podem a energia do bolso dos consumidores.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-escandalo-chega-mesa/ O escândalo chega à mesa 2017-03-17
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