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Política O ex-governador do Rio Sérgio Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo, são condenados a 45 anos e 18 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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Além de Cabral, a sentença também condena outras 11 pessoas, entre elas a esposa do ex-governador, Adriana Ancelmo. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi condenado nesta quarta-feira (20) por crimes investigados pela Operação Calicute, um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato. Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de reclusão, além de multa, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.

Segundo denúncia da Operação Calicute, o esquema desviava verbas do contratos do governo do RJ com empreiteiras. Além de Cabral, a sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal também condena outras 11 pessoas por participação no esquema. A esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, foi sentenciada a 18 anos e 3 meses de prisão.

Cabral foi preso em novembro e atualmente está em Benfica, no presídio onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional. Já Adriana Ancelmo, que foi condenada pela primeira vez nesta quarta, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon.

Na sentença Cabral é descrito como “idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito”.

“Assim é que Sérgio Cabral solicitou a Rogério Nora, presidente da Andrade Gutierraz, o pagamento de propina, para que a que referida empreiteira fosse admitida a contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em reunião realizada no início de 2007, na casa do ex-governador, solicitação essa que foi reforçada em outra reunião, dessa vez realizada no Palácio Guanabara. Ato contínuo, promoveu a lavagem do dinheiro espúrio angariado, de diferentes formas, valendo-se dos demais réus, inclusive de Adriana Ancelmo, sua companheira de vida e de práticas criminosas”, acrescenta o juiz no documento.

Advogado de Cabral, Rodrigo Rocca afirmou que a sentença é uma “violência contra o Estado democrático de Direito”: “A sentença é uma violência contra o Estado democrático de direito e só reforça a arguição de suspeição que nós já fizemos contra o juiz que a prolatou. A condenação do ex-governador Sérgio Cabral pelo juiz Marcelo Bretas já era esperada, todo mundo sabia disso, e tanto sabia disso que nós já vínhamos preparando recurso de apelação para os órgãos de jurisdição superior, onde os ânimos são outros e a verdade tem mais chance de sobrevivência.”

É a segunda condenação de Cabral. Ele também foi condenado a 14 anos e dois meses por corrupção e lavagem de dinheiro pelo juiz Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância. Na ocasião, a Justiça considerou que ele recebeu propina das empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Segundo a Procuradoria, a verba foi desviada do contrato de terraplanagem nas obras do Comperj.

Condenados desta quarta:

Sérgio Cabral: 45 anos e dois meses de prisão mais multa; Wilson Carlos: 34 anos de prisão mais multa; Hudson Braga: 27 anos de prisão mais multa; Carlos Miranda: 25 anos de prisão mais multa; Luiz Carlos Bezerra: 6 anos e 6 meses de prisão mais multa; Wagner Jordão Garcia: 12 anos e 2 meses de prisão mais multa; Adriana Ancelmo: 18 anos e 3 meses de prisão mais multa; Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves: 9 anos e 4 meses de prisão mais multa; Luiz Paulo Reis: 5 anos e 10 meses de prisão mais multa; Carlos Jardim Borges: 5 anos e 3 meses de prisão mais multa; Luiz Alexandre Igayara: 6 anos de prisão mais multa.

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