Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As apreciações de vetos presidenciais no Congresso Nacional, a partir desta terça-feira, servirão de termômetro sobre as possibilidades de recriação da CPMF. Ao reduzir o número de ministérios e atender a pedidos do PMDB, o governo acredita ter ganho fôlego, que precisa ser conferido. O apoio garantido até aqui é de um grupo de governadores que levantou a bandeira da volta da Contribuição. Eles têm a promessa de participar do rateio.
Por muitos anos, a CPMF mordeu 0,38 por cento sobre o valor de todos os cheques, saques eletrônicos e transferências de valores entre contas bancárias. Arrecadava cerca de 42 bilhões de reais por ano até dezembro de 2007, quando o Senado se recusou a prorrogá-la pela enésima vez.
Agora, teria como destino a Previdência Social, cujo déficit em 2016 chegará a 125 bilhões de reais. Caso de imprevidência, porque jamais houve preocupação em manter um fundo para garantir aposentadorias e pensões no futuro. O quadro se agrava com o desemprego, que diminui a arrecadação.
O governo inicia alguns movimentos para conter gastos, mas tardiamente. Sabe-se que a redução não será na mesma proporção da queda da receita. Significa dizer que não vai estancar a hemorragia do déficit público. Nem a disciplina rígida do ministro Joaquim Levy consegue reverter o quadro.
Acaba estourando no bolso dos contribuintes. Aumentar a tributação em um ambiente de recessão é penalizar em demasia, o que fará a população apertar mais o cinto. Atualmente, 37 por cento de toda a riqueza produzida pela sociedade é consumida pelo governo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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