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Política O inferno astral dos políticos do Rio: Todas as lideranças que comandaram o Estado nos últimos 20 anos estão envolvidas em denúncias de corrupção ou crime eleitoral

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Sérgio Cabral (foto), que faz parte da lista dos "almaldiçoados", está preso. (Foto: Reprodução)

A chamada “maldição do petróleo” é um conceito econômico que fala sobre a tendência de países com abundância de recursos naturais verem seu desenvolvimento solapado e as instituições enfraquecidas pela corrupção.

O conceito se aplica com perfeição ao Estado do Rio. Enquanto entravam nos cofres fartos recursos do pré-sal, os gastos públicos aumentavam e as principais lideranças locais se metiam em transações nebulosas. Quando se reduziu o fluxo de dinheiro vindo do mar, a crise financeira se instalou. Ao se revelaram os esquemas de propinas e financiamento de campanha, especialmente com as delações dos executivos da Odebrecht, as tais lideranças caíram do pedestal.

O último governador (Sérgio Cabral) está preso; um ex-governador chegou a ir para a cadeia, mas foi solto por questões de saúde (Garotinho); o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, depôs sob condução coercitiva; ex-prefeitos como Cesar Maia e Eduardo Paes são investigados.

Somos o estado no qual mais lideranças foram atingidas pelos escândalos”, disse o cientista político João Trajano de Lima Sento Sé. “Agora, estamos no vão, mas é a explosão de uma crise que vinha se desenhando há muito tempo.”

O pesquisador se refere ao fato de o Estado ter sido, nos últimos 20 anos, dominados por dois grupos políticos — o do governador Anthony Garotinho (1999-2006) – e o do ex-governador Sérgio Cabral (2007 até agora). 

Garotinho surgiu como uma novidade vinda do interior. Mas logo se revelou um político à moda antiga. O grupo de Cabral surge com uma capacidade de cooptar lideranças muito forte, o que foi uma das chaves para o partido dele (o PMDB) manter essa hegemonia por tanto tempo”, analisa Sento Sé.

O ex-prefeito e senador Saturnino Braga, hoje aposentado da política, viu o nascimento das lideranças que hoje dominam o Estado do Rio. “São lideranças muito fracas. [Jorge] Picciani era do meu partido (PSB), uma figura com pouca ou nenhuma expressão. A gente se assusta com a evolução patrimonial dele!”, disse.

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