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Por Redação O Sul | 11 de março de 2019
Os analistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para este ano e também passaram a prever uma alta menor do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019. As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (11) pelo BC (Banco Central). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para 2019, os economistas do mercado financeiro subiram a expectativa de inflação de 3,85% para 3,87%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta central, de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 2,30% para 2,28% na semana passada. Foi a segunda queda seguida do indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. A revisão na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB deste ano foi feita após a divulgação do resultado do ano passado – quando a economia avançou 1,1%.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia avançou de 2,70% para 2,80%. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,50% para os dois anos.
Taxa de juros
O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Atualmente, o juro básico da economia está neste patamar. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas continuam prevendo alta dos juros no ano que vem.
Dólar
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou inalterada em R$ 3,75 por dólar.
Balança comercial
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 permaneceu em US$ 51 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 46 bilhões para US$ 48,94 bilhões.
Investimento estrangeiro
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, foi mantida em US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas recuou de US$ 83,76 bilhões para US$ 82,52 bilhões.