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Brasil Na Câmara dos Deputados, um racha entre igrejas acirra a disputa pelo comando da bancada evangélica

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Bolsonaro vê a bancada evangélica como aliada fundamental no Congresso. (Foto: Divulgação)

O que antes acontecia “na paz de Deus” agora virou um “Deus nos acuda”. Eis alguns dos termos utilizados para definir a eleição que escolherá o próximo presidente de uma bancada que o governo Jair Bolsonaro vê como aliada fundamental no Congresso, a evangélica, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Deputados dessa frente reconhecem que a disputa em 2019 vem passando longe da cordialidade e do consenso visto em anos anteriores. A essa altura do campeonato, já era de se esperar que um nome tivesse despontado como favorito. Pleitos passados tiveram como praxe a aclamação de um candidato sem necessidade de descambar para rachas internos.

Não é o que se observa desta vez. Fala-se, inclusive, em uma guerra de poderes que envolve algumas das maiores igrejas evangélicas do Brasil, que estariam tentando emplacar parlamentares que as representam em Brasília.

Dois nomes que circulam como possíveis candidatos, Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Paulo Freire (PR-SP), são crias políticas dos dois maiores galhos daquela que, por sua vez, é a maior denominação evangélica do País, a Assembleia de Deus.

Cezinha é afilhado político do bispo Samuel Ferreira, do assembleiano Ministério Madureira. Pai de Samuel e ex-deputado, Manoel Ferreira já presidiu o bloco religioso, de 2008 a 2009. Outro ex-líder da bancada (2013-14), Paulo é filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa, líder do Ministério Belém.

No páreo, tem ainda Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), protegido do pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), e Pastor Eurico (Patriota-PE).

Um deputado antes visto como natural para a liderança, João Campos (PRB-GO), que esteve à frente da bancada entre 2015 e 2016 e é da mesma Madureira do recém-chegado Cezinha, tem dito que, por ora, desistiu da corrida. Sua lógica: se é pra ter briga, melhor nem entrar. Mas ainda é tido como um nome forte, caso os colegas cheguem a um entendimento.

Se nos bastidores só se fala no “barraco evangélico” com “tiro, porrada e bomba”, nas palavras de um assessor da frente, oficialmente os deputados adotam um discurso de cautela.

Exemplo: Lincoln Portela (PR-MG) é presidente interino do bloco nesta legislatura, já que o líder anterior, Hidekazu Takayama (PSC-PR), saiu após não se reeleger. Portela diz que todos trabalham para chegar a um acordo. “O que a gente quer é exatamente isso, que não haja eleição, que haja, como sempre houve, o consenso.”

Pessoas ligadas à bancada afirmam, porém, que ele é um dos mais injuriados com o andar da carruagem, pois esperava ser estendido no cargo, já que tinha um acordo (descumprido) com o antecessor Takayama, que ficaria um ano como presidente, e Portela, outro. Agora, ele teria que ceder a vaga a quem for eleito.

Sóstenes é o que tem feito a campanha mais aberta pela presidência, mas lida com a ideia difundida de que seria apenas um garoto de recados de Malafaia, visto com ressalvas por parte do bloco cristão. “Como em todo segmento, existem pessoas recalcadas”, diz o congressista. “Talvez isso provoque incômodo em alguns, por [Malafaia] ser um pastor de reconhecimento internacional inclusive. Mas isso é natural em toda relação humana.”

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