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Brasil O presidente interino da República, Hamilton Mourão afirmou que “o mundo inteiro, já de algum tempo, está com os olhos postos na Amazônia”

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(Foto: Romério Cunha/VPR)

O presidente interino da República, Hamilton Mourão afirma que “o mundo inteiro, já de algum tempo, está com os olhos postos na Amazônia”. Por isso, segundo ele, Jair Bolsonaro defenderá a soberania da região em visita à ONU (Organização das Nações Unidas).

O general também destaca que não há qualquer risco de retrocesso no País. “As Forças Armadas Brasileiras sempre foram uma instituição democrática. Em todos os momentos da vida nacional, se apresentaram paa preservar a lei”. Mourão elogia a atuação dos ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro. “O nosso grande ojetivo é deixar o País reorganizado de moro que tenha uma marcha progressiva e um rumo de aumentar a geração de emprego, de renda e de bem-estar para a população”. Sobre a relação com o Congresso, diz que a Casa não está sendo comprada por um mensalão. “E também não está cooptada moralmente em um toma lá dá cá.”

Na entrevista, discorre com naturalidade sobre diversos temas. Sobre eventuais erros de Bolsonaro, no entanto, ele evita comentar: “Não compete a mim, publicamente, tecer críticas a ele. Estaria sendo desleal e canalha se fizesse isso”.

1) Qual sua expectativa para o discurso do presidente na ONU? Qual o principal recado que deve transmitir?

O recado número 1: a Amazônia é nossa. Isso aí, não podemos admitir em hipótese alguma, essa questão de soberania limitada ou uma ingerência além daquilo que os tratados internacionais, ao qual o Brasil subscreve, preveem. O segundo recado: ela é nossa e compete a nós protegê-la e preservá-la.

2) Houve momento em que passou-se a ideia de que os senhores estavam meio afastados. Esse período passou?

Não, nunca houve essa questão do afastamento. É que o presidente tem a forma peculiar dele de se expressar, de agir, né? E aí o processo decisório dele funciona mais ou menos dessa forma.  E eu procuro ter uma atuação mais discreta possível, de modo que ele tenha toda a liberdade de manobra para empreender aquilo que ele julga correto.

3) Em um País dividido como a gente tem hoje, muita gente tinha receio de que os militares assumissem o poder no Brasil. Mas o senhor, como vice-presidente, tem sido uma voz democrática, que dá uma tranquilidade ao país. Esse é o seu perfil ou é o perfil realmente dos generais?

Existe uma imagem totalmente errada, um desconhecimento por grande parte da imprensa, do que são os militares brasileiros. Criou-se uma imagem em relação ao período de presidentes militares, também distorcida. Desconhecem como é a nossa formação, como é a nossa maneira de pensar, e fica só aquele estereótipo, muitas vezes confundido com figuras que ficaram no passado. Tudo na vida evolui. E uma realidade é que as Forças Armadas brasileiras sempre foram uma instituição democrática. Em todos os momentos da vida nacional se apresentaram para preservar a lei, a ordem, e garantir que a democracia terminasse por vicejar. Essa é uma realidade, independentemente da maneira que se julgue o período de 20 anos de presidentes militares. No futuro, isso vai ser colocado na pauta e vai ser pesado em relação a isso. Aí entra aquele desconhecimento e essa surpresa, “os generais são moderados”. Não tem nada a ver com moderado. Nós entendemos qual é o papel das Forças Armadas dentro de um regime democrático, as nossas missões estão muito bem definidas na Constituição.

4) Mas o senhor tem sido uma voz em defesa da democracia. Em vários momentos, o senhor se manifestou, inclusive agora, nesta semana, em relação à declaração do Carlos  Bolsonaro…

O nosso governo não é antidemocrático. Acho que se procura colocar uma coisa nas costas do presidente Bolsonaro que ele não é. Se fosse antidemocrático, não tinha concorrido à eleição.

5) Mas, às vezes, é preciso reafirmar isso, como essa semana, no Twitter, em que o senhor deu uma declaração reforçando a importância de estarmos vivendo em período democrático. Isso é necessário? Por quê?

Para acalmar as coisas, né? Porque… o Carlos fez uma declaração que tem que ser perguntada a ele, o que ele quis dizer com aquilo. E aí, obviamente, se o Carlos fosse Carlos Silva, vereador em Quixeramobim (CE), e falasse isso, alguém estaria dando bola? Ninguém. Agora, como ele tem o sobrenome Bolsonaro e é vereador do Rio de Janeiro, o pessoal: “oh, meu Deus do céu, a família Bolsonaro quer tomar o poder no Brasil”. Não é assim. Como a família Bolsonaro vai tomar o poder no Brasil?

6) Só se tiver apoio dos militares…

Não existe mais espaço para isso. Vocês têm que entender que, em determinados momentos da história, isso funcionou. Hoje, não funciona mais. O Brasil é muito complexo, uma sociedade complexa. Não é assim, “pô, manda ligar o motor, fecha o Congresso, fecha isso, fecha aquilo, e muda tudo”. Não é assim.

7) As pessoas podem ficar tranquilas? Não há nenhum risco?

As pessoas podem ficar mais do que tranquilas.

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