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Economia O Reino Unido e a União Europeia reconheceram a necessidade de um acordo de transição para a saída dos ingleses

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Presidente do banco central britânico, Mark Carney. (Foto: Reprodução)

O presidente do banco central britânico, Mark Carney, disse nesta quinta-feira que existe um amplo entendimento no Reino Unido e na Europa sobre a importância de se chegar a um acordo de transição para o Brexit, além de um bom consenso sobre comércio e investimento depois disso.

“O governo reconhece, parlamentares, empresas, pessoas em todo o país, as pessoas na Europa também reconhecem que é do interesse de todos ter no mínimo um período de transição para o novo relacionamento”, disse Carney em entrevista à televisão ITV.

Ele disse que também há reconhecimento da necessidade de “uma parceria abrangente e aberta de comércio e investimento entre o Reino Unido e a UE no final dessa transição.”

Carney há muito defende que um acordo de transição ajudará a suavizar a saída do Reino Unido da UE e reduzir o risco de um choque quando a quinta maior economia mundial deixar o bloco em março de 2019.

O progresso lento nas negociações com a UE perturba muitas empresas que alertam que, a menos que uma transição seja acordada em breve, algumas podem começar a ativar os planos de contingência do Brexit –o que pode incluir a saída do Reino Unido.

Carney disse à ITV que o banco central “fará tudo o que puder para sustentar a economia durante a transição, qualquer que seja a forma de acordo atingida, se não houver acordo ou se houver um muito abrangente.”

Ultimato

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, deu nesta sexta-feira (17) ao Reino Unido até “o mais tardar princípios de dezembro” para avançar na primeira fase das negociações do ”brexit” –a saída britânica da União Europeia–, para então poder discutir a futura relação do bloco, como reclama Londres.

“Para evitar ambiguidades sobre nosso calendário, deixei claro à premiê [britânica Theresa] May” que os avanços nas prioridades do divórcio devem se realizar “o mais tardar até princípios de dezembro”, disse Tusk ao fim de uma cúpula em Gotemburgo, na Suécia.

Suas declarações refletem a exasperação de líderes europeus diante da falta de precisão dos britânicos nas negociações, especialmente quando o tempo é curto para conseguir uma saída “ordenada” – como quer a UE – do Reino Unido, em 29 de março de 2019.

A UE quer avanços suficientes na questão financeira sobre os compromissos adquiridos por Londres como sócio, assim como na situação de seus cidadãos no Reino Unido e da fronteira com a Irlanda após o “brexit”, para passar à segunda fase.

“Estivemos de acordo em que devemos ir juntos até esse momento em que poderemos declarar esses progressos suficientes”, disse May ao fim da cúpula, às margens da qual se reuniu com Tusk. Ambos acertaram de conversar novamente na próxima sexta-feira.

Ao fim da última rodada de negociação na semana passada, o negociador europeu, Michel Barnier, havia dado prazo a Londres para que precisasse sua posição sobre os detalhes do “brexit” até o fim de novembro.

Às margens do estreito de Kattegat, no mar do Norte sueco, a mandatária britânica empregou seu esforço de diplomacia com seus homólogos de Irlanda, Polônia, Suécia e França.

May reiterou sua vontade de respeitar os compromissos financeiros do país com os 27 sócios. Mas seu par sueco, Stefan Löfven, a instou a “esclarecer o que quer dizer com “responsabilidade financeira”.

Os europeus consideram que o montante a pagar pelo Reino Unido poderia rondar os 600 bilhões de euros. Segundo os jornais britânicos, May poderia duplicar sua oferta de 20 bilhões de euros para tentar suplantar as armadilhas da negociação.

O irlandês Leo Varadkar, cujo país está na linha de frente do “brexit”, avalia que seria possível alcançar os avanços necessários em dezembro, mas ameaçou bloquear qualquer progresso se não obtiver garantias “por escrito” de que não haverá uma “fronteira dura” entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.

Essa fronteira está “intimamente” ligada “à questão da união aduaneira, ao mercado único”, afirmou horas antes em Dublin o chanceler britânico, Boris Johnson.

Se os líderes da UE não constatarem progressos suficientes na cúpula de dezembro, em Bruxelas, a decisão de começar a decidir o futuro poderia ser tomada em fevereiro ou março, o que reduziria o tempo para negociar um acordo comercial antes da saída do Reino Unido

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https://www.osul.com.br/o-reino-unido-e-uniao-europeia-reconhecem-necessidade-de-acordo-de-transicao-para-saida-dos-ingleses/ O Reino Unido e a União Europeia reconheceram a necessidade de um acordo de transição para a saída dos ingleses 2017-11-17
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