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Colunistas Obrigação, não

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Cadeirinha para transportar crianças. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Muitas pessoas têm vindo a público ultimamente para criticar a proposta do presidente da República de acabar com as multas pela não utilização das cadeirinhas de segurança.

É bom deixar claro que o presidente não está propondo o fim ou proibição das cadeirinhas, apenas está propondo deixar de multar o motorista que optar por não utilizá-las. Entendo a preocupação com a vida das crianças e concordo plenamente que a cadeirinha é um meio seguro de transporte, porém, o ponto em que discordo é que não cabe ao Estado estabelecer essa obrigação para as pessoas – nem essa, nem nenhuma outra.

Se formos levar ao pé da letra a questão de segurança, teríamos que obrigar todas as casas ou apartamentos com crianças a instalarem telas nas janelas e bloqueadores de tomadas, para não haver acidentes, preocupação que, mesmo não sendo obrigatória, já é feita pela maioria dos pais que anseiam proteger seus filhos.

A responsabilidade de transportar a criança com a devida segurança cabe exclusivamente aos pais ou responsáveis, visto que serão eles que irão responder em caso de algum acidente. Não cabe ao Estado punir previamente por algo que pode não ocorrer.

Duvido que, mesmo com a não obrigação, alguém queira transportar seu filho sem segurança. Os pais podem continuar usando a cadeirinha para isso, porém, não se deve impedi-los de buscar alguma outra forma mais prudente, se julgarem necessário.

As pessoas não devem ser obrigadas a nada, principalmente pelo Estado, mas podem, sim, ser conscientizadas do risco e, a partir disso, tomar as próprias decisões. As empresas que comercializam cadeirinhas poderiam fazer propaganda para alertar o risco de acidentes, se fosse de interesse delas. A obrigação sempre será o pior caminho; temos que dar liberdade e parar de achar que o Estado deve cuidar das pessoas quando elas mesmas podem cuidar de si e dos seus.

* Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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