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Mundo Operação mira família ligada ao presidente Jacob Zuma na África do Sul

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Polícia fechou rua na frente da casa da família Gupta, em Johanesburgo. (Foto: Reprodução)

A polícia da África do Sul fez uma operação nesta quarta-feira (14) na casa em Johannesburgo onde vive a família Gupta, um dos grupos mais influentes do país, suspeita de pagar propinas para as autoridades em troca de contratos com o governo.

A ligação do presidente Jacob Zuma com a família é uma das principais razões para a atual pressão para que ele renuncie ao cargo – um e seus filhos mantém negócios com o grupo.  Segundo a Hawks, a unidade especial da polícia responsável pela ação, três pessoas foram detidas, mas as identidades não foram reveladas. A agência de notícias Reuters afirmou que outras prisões são esperadas em breve.

A operação acontece enquanto o comando do partido governista CNA (Congresso Nacional Africano) espera uma resposta de Zuma após exigir sua renúncia. Um pronunciamento do presidente era esperado para às 10h desta quarta (6h no horário de Brasília), mas não ocorreu.

Os líderes da sigla estão reunidos no Parlamento para debater os próximos passos. Aliados de Zuma disseram que a população e a imprensa devem aguardar uma manifestação oficial do presidente, mas não especificaram quando isso vai ocorrer.

Eleito em 2009 e reeleito cinco anos depois, Zuma vem perdendo poder desde o início dos escândalos de corrupção e vive uma queda de braço com o vice-presidente Cyril Ramaphosa. As principais denúncias contra o presidente envolvem uma série de reformas feitas em sua casa e pagas com dinheiro público e sua ligação com os Gupta, que são também acusados de subornar diversas autoridades sul-africanas.

De origem indiana, os três irmãos que comandam o grupo familiar se mudaram para a África do Sul no início dos anos 1990, durante o fim do apartheid. Tanto Zuma quanto os Gupta negam as acusações. Parte da cúpula do CNA teme que a derrocada da popularidade do atual presidente prejudique o partido nas próximas eleições, abrindo espaço para a oposição, e por isso quer que ele deixe o cargo.

A sigla, que tem como maior símbolo o ex-presidente Nelson Mandela (1918-2013), comanda o país desde o fim do apartheid, em 1994. Em 2016, o presidente Zuma chegou a enfrentar uma votação de impeachment, mas obteve vitória. No próximo dia 22 o Parlamento tem marcado uma sessão para debater um voto de não-confiança contra o presidente, que pode lhe tirar do cargo.

“Virar a página”

A crise que agita o CNA, no poder desde o fim do regime de Apartheid em 1994, tem perturbado o funcionamento do Estado. Os partidários de Ramaphosa tentam fazer com que Zuma deixe o poder o mais rápido possível diante das eleições gerais de 2019.

Os seguidores de Zuma insistem que ele deve seguir no cargo até o final de seu segundo mandato. Nas últimas semanas, o CNA multiplicou as reuniões oficiais e as negociações entre bastidores, sem alcançar uma decisão. A questão tornou-se mais urgente tendo em vista a aproximação do discurso anual do presidente sobre o estado da nação, finalmente adiado.

 

 

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