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Política A operação que investiga os desvios nos fundos de pensão dos funcionários de empresas estatais vai continuar funcionando

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Grupo J&F agora alega que foi coagido para "assegurar sua sobrevivência financeira e institucional". (Foto: Reprodução)

A Operação Greenfield,  da Polícia Federal, que investiga desvios nos fundos de pensão de empresas estatais, deve continuar funcionando por pelo menos mais dez anos. A estimativa, de investigadores que atuam no caso, é justificada pelo grande volume de processos e pela estrutura insuficiente para todas as diligências necessárias.

Deflagrada em setembro de 2016, a operação investiga atualmente mais de 100 processos, que são divididos pelos aportes realizados por fundos como Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios).

Sem o contingente de fiscais e policiais federais necessário para a realização de todas as operações de busca, apreensão, condução coercitiva e prisão preventiva necessárias, a forçatarefa da Greenfield terá que se dedicar mais a atividades de inteligência, com menos fôlego para a obtenção e a análise de documentos e provas.

Junto com as projeções para a longevidade dos trabalhos vem a preocupação com as chances de prescrição de vários dos crimes investigados. Por conta disso, os procuradores responsáveis pelo caso estão dando prioridade aos processos mais antigos.

De uma forma geral, a Greenfield investiga um esquema de pagamento de propina por pelo menos 50 grupos econômicos interessados em receber investimentos dos fundos de pensão.

Um dos principais alvos da Greenfield até agora foi o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. As primeiras investigações apontaram um esquema de pagamento de propina para facilitar a liberação de recursos da Funcef para a Eldorado Celulose, empresa que pertencia à J&F.

No dia em que a primeira fase da operação foi deflagrada, em 5 de setembro de 2016, as ações do grupo caíram mais de 10% na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Dias depois, representantes da empresa se reuniram com os investigadores em busca de um acordo para evitar as medidas cautelares que foram decretadas.

Na emblemática conversa com o presidente Michel Temer, Joesley mencionou o aprofundamento das investigações contra o grupo, que àquela altura já tinha feito um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Após virem à tona informações de que Joesley teria escondido informações dos investigadores, ele perdeu o acordo de delação e acabou preso.

Procurada, a J&F informou que “os colaboradores esclareceram todos os fatos da Operação Greenfield que lhe diziam respeito” e que “os episódios investigados jamais afetaram o retorno dos investimentos aportados pelos fundos de pensão, o que se comprova pelo valor de venda da participação da J&F na Eldorado”.

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