Armando Burd As pedras no meio do caminho
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Só um novo acordo nacional poderá servir como ponto de partida para tomada de decisões que diminuam o número assustador de 14 milhões de desempregados. Um exemplo: o governo boicota o desenvolvimento econômico quando impõe uma carga tributária pesada e complexa, faz leis confusas e instáveis, cria todo o tipo de empecilho a empreendimentos e inferniza a vida dos que pretendem montar seus negócios. Desse jeito, o País continuará enxugando gelo.
DIFERENÇA
O Brasil aparece como um dos piores países do mundo para abrir uma empresa. Austrália e Bélgica, para citar apenas dois casos, orgulham-se de levar menos de uma semana para liberar tudo. Aqui, existe a prática suicida da exigência de meses para o mesmo processo. Há sentido em manter o fardo burocrático, submetendo empreendedores a fazer uma gincana em repartições públicas?
TÁTICAS
O PT está dividido em dois grupos. Há o que querem a apuração rápida, rigorosa e com transparência sobre esquemas, envolvidos e beneficiados. O segundo grupo nega, ao mesmo tempo em que atribui acusações a outros partidos.
INCONFORMADO
José Dirceu na prisão era o pino de segurança de Antônio Palocci. A saída do ex-guerrilheiro desequilibrou as convicções do médico que admitia o sacrifício em nome da causa. Seu caminho passa a ser a delação premiada e o cumprimento de pena em casa, confortavelmente, como muitos outros.
SEM CHANCE
Após a divulgação das delações de João Santana e Monica Moura, não surgirão mais valentões para defender o financiamento de campanhas eleitorais por empresas. As negociações criminosas com a iniciativa privada, a troco de contratos futuros com o governo, chegaram ao fim da linha.
EM SILÊNCIO
Até ontem à noite, o gentleman Luis Favre, ex-marido de Marta Suplicy, não se manifestou em seu blog sobre a denúncia feita por Mônica Moura. A mulher do marqueteiro João Santana disse que ele recebia, mensalmente, 20 mil reais do caixa 2 para fazer de conta que trabalhava.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Preocupado com as mangueiras furadas para apagar incêndios nas suas finanças, o governo não consegue responder à pergunta: qual a visão de longo prazo para o Rio Grande do Sul?
QUESTÃO DE ESTILO
Na próxima audiência, o ex-presidente Lula gostará que o juiz Sérgio Moro se exalte um pouco para levar vantagem.
EXPERIÊNCIA DE SOBRA
O governo federal já está com material extenso para lançar o Manual de Boas Maneiras Sobre Como Passar Calote nos Estados. Entre outros absurdos, inclui os juros altos da dívida e o não pagamento da Lei Kandir.
CONSTATAÇÃO
No primeiro ano de governo, Michel Temer foi favorecido pela oposição light. Os parlamentares adversários não passam dos discursos apimentados nas tribunas.
VÃO SE ABRIR AS CORTINAS
Falta a definição dos patrocinadores. Com transmissão pela TV, o encontro de Donald Trump e o ditador da Coreia do Norte vai se transformar num reality show denominado Circo das Celebridades.
SERÁ BEST SELLER
Duas editoras disputam a preferência para publicar o livro do marqueteiro João Santana que já tem nome: Dossiê dos Beijos e das Juras de Amor.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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