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Armando Burd Perde os poderes mágicos

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Rovena Rosa/Agência Brasil
Henrique Meirelles já visitou vários templos e igrejas em busca de apoio. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Diante dos acontecimentos dos últimos dias, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está enfraquecido. Sua política fiscal vai morrendo. As âncoras fiscais que defende, como o teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência Social para atacar o rombo crescente nas contas públicas, perderam a força.

As dificuldades de Meirelles decorrem do seu isolamento na torre de marfim. Não entendeu que, ao lado do conhecimento técnico, precisa ganhar habilidade no diálogo. O estilo manda chuva está arquivado.

TEMAS SE REPETEM

A 18 de agosto de 1997, os jornais publicaram: “Sérgio Amaral, porta-voz do Palácio do Planalto, negou que o presidente Fernando Henrique Cardoso esteja pensando em aumentar impostos ou criar um fundo para custear o financiamento público das campanhas eleitorais. Segundo Amaral, o presidente defende o financiamento, mas entende que se trata de uma transformação profunda e que não deve ser feita de forma repentina.”

Passados 20 anos, os temas são mesmos com um acréscimo: o aprofundamento da crise.

A PERGUNTA

Os que têm cargos nos mais diversos setores da atividade pública e reclamam que os cortes no orçamento comprometem ações podem ajudar a responder uma pergunta: onde está o dinheiro?

Ontem, o Impostômetro, placar eletrônico que registra a arrecadação de impostos no País desde 1º de janeiro deste ano, apontava 1 trilhão e 349 bilhões de reais.

POR QUE SERÁ?

O projeto de lei que limita os supersalários está parado na Câmara dos Deputados há mais de seis meses, esperando uma indicação para sua relatoria.

Pela Constituição Federal, ninguém no setor público pode receber por mês mais do que os 33 mil e 700 reais pagos a um ministro do Supremo Tribunal Federal. Porém, o limite é peça de ficção.

Sugestão desta coluna aos estimados leitores: acessar o www.camara.leg.br, localizar endereços de deputados federais e cobrar o motivo da inércia.

MAIS DINHEIRO

A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados estima que a nova meta fiscal vai ampliar em 1 bilhão de reais os recursos para emendas parlamentares. Tem sido moeda corrente nas negociações políticas.

O Brasil é um dos pouquíssimos países em que senadores e deputados federais dispõem de verbas do orçamento federal para distribuir. Não é função de Suas Excelências.

PEQUENO RESUMO

Responsabilidade fiscal existe no papel, que aceita tudo. Na prática, vira um faz-de-conta. Sabemos quem paga centavo por centavo os rombos nos orçamentos.

PRECISA VOLTAR

As estatísticas com registros trágicos mostram que falta a aplicação mais constante da Lei Seca. Foi uma conquista da sociedade, em 2007, por meio da insistência do secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. Os resultados iniciais, há dez anos, foram de entusiasmar pela redução do número de acidentes com mortos e feridos. São vítimas de irresponsáveis que bebem álcool e saem a dirigir com os reflexos reduzidos a zero.

A Lei Seca funcionou pelo susto que deu: motoristas flagrados no bafômetro iam direto para o Presídio Central. Foi um remédio de alta precisão. Depois, abandonaram a receita.

NÃO AVANÇOU

Os deputados federais esperavam acionar esta semana os poderes de Jean Charcot, o pai do hipnotismo, para aprovar o financiamento público de campanhas. Não deu.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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