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Brasil A Polícia Federal apura se a mudança no local de pouso facilitou o roubo de 5 milhões de dólares em dinheiro vivo no aeroporto de Campinas

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O desembarque foi realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. (Foto: Reprodução)

A PF (Polícia Federal) investiga se a aeronave MD11 da Lufthansa Cargo teve seu lugar de pouso modificado no aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, para facilitar o roubo dos cerca de US$ 5 milhões que estavam sendo enviados para Zurique, na Suíça na noite de domingo (4). O avião, que decolou do Aeroporto de Guarulhos com destino a Frankfurt, na Alemanha, deveria parar na posição de número oito do pátio três, mas foi redirecionado para a de número três do mesmo pátio.

Além disso, causou estranheza para os investigadores o fato de o container com o dinheiro ter sido retirado do avião e colocado no pátio do lado oposto ao da movimentação de carga, onde estava posicionado um veículo da Brinks, empresa responsável pela segurança da área. As informações constam no documento que descreve o assalto cinematográfico ocorrido no pátio de cargas do aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O relatório ressalta que o custo da posição oito, que estava inicialmente reservada ao cargueiro, representa 25% do valor da posição três. Viracopos tem apenas um pátio de movimentação de cargas, com nove posições. O dinheiro, dividido em notas de dólar, reais e libras, foi embarcado em Guarulhos e estava acondicionado em 13 malotes. Somada, a carga pesava 186 quilos. A explicação inicial para retirar o carregamento de dinheiro do avião é que foi preciso fazer o balanceamento de carga da aeronave. Para a mudança de lugar, seria um possível atraso de outro cargueiro, que ocupava a posição oito.

O envio de dinheiro em espécie ao exterior, por aviões, é feito normalmente por instituições financeiras que operam com câmbio. Embora não confirme quem era o dono dos US$ 5 milhões, a Receita Federal informa que a remessa foi oficialmente declarada. Segundo Antonio Leal, delegado da alfândega em Viracopos, a regra é a mesma que vale para pessoa física: qualquer valor acima de R$ 10 mil deve ser declarado eletronicamente — pelo sistema, a movimentação do recurso é informada simultaneamente à Receita Federal e ao Banco Central. A fiscalização sobre a origem do dinheiro é feita pelos dois órgãos, caso a operação levante suspeita.

Segundo fontes envolvidas na investigação, o assalto foi minuciosamente planejado e executado. A ação durou cerca de 6 minutos. Na quarta-feira (7), a Polícia Federal ouvia os funcionários das empresas envolvidas na operação da carga.

Para entrar no aeroporto, a quadrilha cortou as correntes de dois portões de acesso e usou uma caminhonete Hilux clonada, com pintura amarela, adesivos zebrados e giroflex similares aos que identificam os veículos de fiscalização interna do aeroporto. O modelo era usado pela ABV (Aeroportos Brasil Viracopos), concessionária do aeroporto de Campinas, até seis meses atrás. O modelo atual é o Toro. Os dois, porém, são bem parecidos. No caminho até o pátio, os bandidos renderam um vigia e um segurança motorizado, que fazia a ronda do local.

As imagens das câmeras de segurança do aeroporto mostram que os bandidos chegaram ao avião usando dois veículos — o clonado e a caminhonete da segurança interna.

Rapidamente anunciaram o assalto e foram até o container, que foi aberto com um alicate para retirada dos malotes. O dinheiro foi colocado na caminhonete e os bandidos usaram a pista de pouso para fugir. O roubo ocorreu às 21h27min e pouco depois das 22h a caminhonete clonada foi achada em chamas, numa área de mata colada ao aeroporto.

Nenhuma das autoridades procuradas, nem as empresas Brinks e Lufthansa, informaram quem era o proprietário do dinheiro roubado.

A ABV informou que entregou as imagens do assalto à Polícia Federal e colabora com as investigações. A Brinks disse em nota que confia no esclarecimento dos fatos e na identificação dos responsáveis. A Lufthansa informou que aguarda o resultado das investigações.

O Banco Central informou que “não existe procedimento especial determinado pelo Banco Central para operações de importação de moeda estrangeira pelas instituições financeiras, que são rotineiras”. Disse ainda que empresas privadas são responsáveis por realizar este tipo de operação e também pela segurança.

Questionado sobre o fato de o dinheiro estar saindo do Brasil, e não entrando, o que configuraria exportação e não importação, o banco manteve seu posicionamento.

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