Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
É indisfarçável o mal estar das bancadas governistas com os 22 projetos do pacotaço. Deputados e assessorias técnicas consideram muito reduzido o tempo para análise, porque a decisão deverá ser tomada antes de começar o recesso a 23 de dezembro. Lembram que até a inclusão de um evento festivo no calendário turístico é submetida à Comissão de Constituição e Justiça. Porém, o conjunto de mudanças profundas no Estado irá direto para o plenário em função do regime de urgência imposto pelo Executivo para votação. A consequência da pressa é o temor em relação a cada projeto.
AOS QUE ESTÃO NO FUNDO DO POÇO
A legislação brasileira não permite que entes públicos, como os governos federal, estaduais e municipais, peçam falência. Porém, a fórmula passou a ser defendida pelo pesquisador Manoel Pires, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Pires afirma que uma lei de falências para os estados permitiria ordenar melhor os processos de negociação com os credores, sem consagrar o calote de hoje.
DEVE E NÃO NEGA
Durante o forte temporal de janeiro deste ano, a Prefeitura de Porto Alegre teve de comprar às pressas equipamentos de rádio para comunicação entre as equipes de socorro. O fornecedor corre atrás do pagamento até agora e a Secretaria da Fazenda responde que falta dinheiro.
NÃO TOMAM JEITO
O Senado criou comissão, presidida por Roberto Requião, para fazer o levantamento dos que recebem valores acima do teto constitucional. Surpresa: Requião aparece na lista.
PASSANDO POR CIMA
Além da Constituição Federal de 1988, que criou o teto salarial, emenda de 2003 e decisão do Supremo Tribunal Federal, no ano passado, reforçaram a exigência do corte de penduricalhos quando o valor de 33 mil e 700 reais é ultrapassado. Sem efeito.
TEMOR
O anúncio de criação da CPI das Isenções Fiscais fez representantes da indústria voltarem ontem a bater o ponto em gabinetes de deputados estaduais.
PREFERÊNCIA
Empresário, em roda de cafezinho no Shopping Praia de Belas, reclamou ontem à noite: “Quem manda no País é o ministro Henrique Meirelles.” Não começou a segunda frase porque foi interrompido com o coro: “Ainda bem.”
RÁPIDAS
* A direção do PSDB se encontrará com os deputados estaduais, sábado, para debater o pacotão e decidir como votarão.
* A rotina do vice-prefeito Sebastião Melo não mudou: ontem à noite, foi à reunião do Orçamento Participativo no IAPI.
* Banqueiros farão panelaço hoje em protesto contra a redução de juros. Também estenderão faixas: o lucro não pode parar.
* Modelo Frankenstein: o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro publicou decreto unindo a Secretaria de Ciência e Tecnologia com a de Cultura.
* O País é uma usina de crises e combustível para girar os motores não falta.
* Cotados para assumirem secretarias em Porto Alegre andam mais discretos do que o outro lado da lua.
* Velho ditado: as promessas de ontem serão os novos impostos de amanhã.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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