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Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2016
Após dois meses de queda, em setembro a produção da indústria brasileira subiu 0,5% na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (01) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A média móvel trimestral recuou 1,1%.
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com setembro de 2015, a indústria recuou 4,8%. Essa foi a 31ª taxa negativa consecutiva nessa comparação e a menos intensa desde junho de 2015 (-2,6%). Houve recuos no fechamento do terceiro trimestre de 2016 (-5,5%), no acumulado do ano (-7,8%) e no acumulado dos últimos 12 meses (-8,8%).
A produção industrial voltou a crescer em setembro, mas entre os ramos industriais ainda predominam taxas negativas. A indústria do País está 20,7% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. A média móvel trimestral (-1,1%) acelerou o ritmo de perda frente à média de agosto (-0,7%), quando interrompeu uma série de três altas consecutivas: maio (0,7%), junho (0,7%) e julho (0,6%).
Na passagem de agosto para setembro de 2016, somente duas das quatro grandes categorias econômicas e nove dos 24 ramos pesquisados apontaram expansão na produção. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por produtos alimentícios (6,4%), indústrias extrativas (2,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), com o primeiro recuperando parte do recuo de 8% verificado em agosto; o segundo eliminando a queda de 1,7% observada no mês anterior; e o último voltando a crescer após acumular perda de 12% nos meses de julho e agosto.
Entre os 14 ramos em queda, os desempenhos de maior relevância vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,7%), de produtos de minerais não-metálicos (-5%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,2%). Esta última atividade cresceu 8,3% em agosto, enquanto as demais haviam recuado -1%, -2,5% e -5,2%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a agosto, bens de consumo duráveis (1,9% ) e bens intermediários (1,2%) cresceram, eliminando parte das perdas de agosto: -6,4% e -3,6%, respectivamente. Por outro lado, o grupo bens de capital (-5,1%) teve a redução mais acentuada no mês, seu terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando no período queda de 8,6%. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-1%) também recuou em setembro de 2016 e acumulou perda de 4,3% em três meses.