Armando Burd Prometeu e não cumpriu
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista à Folha de S.Paulo, a 24 de julho do ano passado, declarou: “Caso o Congresso não aprove a criação de um teto para os gastos públicos, o país sofrerá com aumento de impostos”.
Aval dos parlamentares
A 13 dezembro, após aprovação na Câmara dos Deputados, o governo precisava de 49 votos do total de 81 senadores. Obteve 53. Mais dois dias e a emenda constitucional do teto estava promulgada.
Falhou
Com a autorização para impor o teto, o governo federal anunciou que se iniciava uma nova fase da gestão. Passados sete meses e seis dias, atingiu o bolso dos consumidores com o aumento do imposto sobre combustíveis.
Caso anterior
Em fevereiro de 2012, para assegurar o pagamento dos juros da dívida pública, o governo cortou 55 bilhões de reais do orçamento. No final daquele ano, conseguiu chegar a 30 bilhões. Mesmo com o poder da tesoura na mão, o atual e outros governos não aprenderam o exemplo da economia doméstica: é preciso conter os gastos dentro da receita.
Vislumbrando a chance
Um turista norte-americano, que fez escala ontem no Aeroporto Salgado Filho, perguntou a jornalistas sobre as ocorrências desastrosas na política brasileira. A resposta que mais lhe convenceu: “Estamos nas preliminares diante da possibilidade de alcançarmos a era da civilização no trato da coisa pública”.
Precisa baixar
A reunião do Comitê de Política Monetária, amanhã, começará a decidir sobre a manutenção, queda ou elevação dos juros. Os 10,25 por cento anuais correspondem a segunda maior taxa do mundo.
Dinheiro à vontade
Em uma semana, as 35 siglas reconhecidas pela Justiça Eleitoral vão embolsar 60 milhões de reais do Fundo Partidário. É a quota mensal que sai do Tesouro Nacional. A grande maioria não representa causa alguma e sequer toma posição no espectro ideológico. Querendo entrar na carona, mais 30 recolhem assinaturas para pedir o registro.
Obstáculos intransponíveis
A Constituição de 1988 autorizou a realização de plebiscitos e referendos como forma de estruturar questões políticas e sociais. Esperava-se que se tornassem formas de participação direta da sociedade no processo decisório. As consultas, porém, dependem da autorização do Congresso Nacional, que rejeita as propostas.
No mesmo lugar
Enquanto os cofres públicos são submetidos a perdas, via corrupção, a Economia no País não cresce, impossibilitando o atendimento das demandas cada vez maiores, sobretudo na área social.
Zona do lixo
Os produtos pirateados vão movimentar este ano 2 trilhões de dólares em todo mundo. Eles impedem a geração de 20 milhões de empregos só nos países ricos. Este é o resumo: piratear tornou-se barato, a lucratividade supera em 60 por cento o tráfico de drogas e ficam cobertos pela impunidade.
O que acontece no Centro de Porto Alegre é uma pequena ponta de um incomensurável iceberg.
Para não repetir
Governadores, que vão se candidatar à reeleição, pedem a assessores a elaboração do Manual de Erros e Equívocos.
Reagindo
Diante da divisão de opiniões no PSDB sobre o futuro de Michel Temer, parlamentares governistas anunciam mudança na denominação. Será Partido da Social Dubiedade Brasileira.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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