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Brasil “Quero saber o que esse estuprador tem de diferente dos outros”, diz vítima de Abdelmassih

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Vítima chamou decisão de crime de tortura. (Foto: Reprodução/Facebook)

Em uma publicação no Facebook nesta terça feira, 21, a estilista Vanuzia Leite Lopes, criadora da associação de vítimas de Roger Abdelmassih, criticou a decisão judicial que permite que o ex-médico, condenado a 181 anos de prisão por estuprar pacientes, volte para a casa. “Eu quero saber o que esse estuprador tem de diferente dos outros”, disse.

Nesta terça-feira, um erro quanto ao recurso manejado pelo Ministério Público levou o STJ (Superior Tribunal de Justiça ) a restabelecer a decisão que concedeu prisão domiciliar ao ex-médico, de 74 anos. Conforme jurisprudência consolidada da corte, não cabe mandado de segurança para dar efeito suspensivo ao recurso interposto pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo), o que ocorreu no caso.

Vanuzia publicou um vídeo de cerca de 4 minutos em sua página na rede social, em que afirma que o vai-e-vem das decisões sobre o ex-médico é um “crime de tortura” com as vítimas de Abdelmassih. “Estão torturando psicologicamente as vítimas. É um dèjá-vu”, disse.

No dia 21 de junho, o ex-médico obteve autorização da Justiça para cumprir a pena em regime domiciliar. A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Justiça de Taubaté, no interior de São Paulo, concedeu o benefício ao preso por entender que está acometido de enfermidades severas, passíveis de agravamento no regime carcerário.

Nove dias depois, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o benefício de prisão domiciliar concedido ao ex-médico. A Justiça acatou um mandado de segurança do Ministério Público Estadual em Taubaté para que ele, condenado por 48 estupros contra 37 mulheres, volte a cumprir pena no presídio de Tremembé. Agora, um erro no recurso permite que Abdelmassih cumpra pena em casa.

“Dá vontade de desistir de tudo. A gente luta por justiça para depois acontecer isso. O que vou dizer para as vítimas?”, disse Vanuzia. “Nós, vítimas de violência domestica, de estupro, pedofilia, ficamos traumatizadas pelo resto da vida”, desabafou.

Estupros

Especialista em reprodução humana, Roger Abdelmassih chegou a ser condenado em 2010 a 278 anos de reclusão por 48 crimes de estupro contra 37 pacientes, entre 1995 e 2008. Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, porém, permitiu que recorresse da sentença em liberdade. Apesar da revisão posterior da sentença para 181 anos de prisão, por lei só ficará preso por até 30 anos.

Inicialmente, foram registrados 26 casos de pacientes que acusavam Abdelmassih de estupro. Os relatos das vítimas diziam que os abusos aconteciam durante as consultas na clínica de fertilização do ex-médico.

Em 2011, com a decretação de sua prisão, foi considerado foragido. Três anos depois, acabou preso pela Polícia Federal em Assunção, no Paraguai. (AE)

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