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Armando Burd A rota da corrupção

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Temer não quer tomar sozinho a decisão de cancelar a nomeação de Cristiane Brasil. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“A voracidade dos apetites, o aliciamento do fausto, a febre do ganho, o tráfico da função pública. A corrupção campeia como um poder dentro do setor público.”

A avaliação poderia ter sido feita ontem ou na semana passada. Consta, porém, dos Comentários ao Código Penal, publicados a partir da década de 1950. Seu autor, o criminalista Nelson Hungria, um dos criadores do anteprojeto do Código Penal de 1940.

Mudou

Segue Nelson Hungria:

“A opinião pública vozeia indignada, mas os processos penais iniciados com estrépito resultam, no mais das vezes, num completo fracasso, quando não na iniquidade da condenação de uma meia dúzia de intermediários deixados à própria sorte. O estado maior da corrupção quase sempre fica resguardado, menos pela dificuldade de provas do que pela razão de Estado, pois a revelação de certas cumplicidades poderia afetar as próprias instituições.”

Passados 60 anos, o criminalista não repetiria a afirmação. O avanço da tecnologia de investigação e sua utilização precisa pelas polícias desnudaram o que antes ficava protegido.

Insustentável

O Orçamento do governo federal para 2018, sancionado pelo presidente Michel Temer, prevê despesas de 3 trilhões e 500 bilhões de reais. Mais de 1 trilhão e 100 bilhões irão para o refinanciamento da dívida pública.

Está ainda previsto o crescimento de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) até dezembro. Por enquanto, uma miragem.

Risco dos capítulos

Deverá haver a troca de pelo menos 17 dos 29 ministros até abril, quando vencerá o prazo para desincompatibilização dos que vão disputar as eleições em outubro. O presidente Temer precisa reunir seus atores para ensaiar a saída conjunta.

Se cada um escolher uma data, a principal produtora de novelas da TV mexicana vai se interessar pelo enredo e comprar os direitos autorais.

Quantos

O boletim da Superintendência dos Serviços Penitenciários, divulgado ontem, informa: há 37 mil e 854 presos no Rio Grande do Sul. São 36 mil e 190 homens e 1 mil e 993 mulheres.

Disparada

A 6 de janeiro de 1988, Maílson da Nóbrega assumiu como ministro efetivo da Fazenda, cargo que ocupava interinamente desde 13 de maio do ano anterior. Havia um quadro de desalento, de ausência de perspectiva e de pessimismo que a omissão do governo Sarney impôs à Economia. Maílson entrou para a história como o ministro da hiperinflação. O custo de vida em 1988 subiu 1.149%. Em 1989, foi para 1.972%.

Povo paga a elegância

O Amapá ocupa a penúltima posição no critério que mede a competitividade econômica entre os Estados. É o último no ranking de saneamento e coleta de esgoto. Tem o maior número de casos de febre chikungunya no País.

Sua Assembleia Legislativa aprovou a destinação de 25 mil reais por ano a cada deputado estadual para compra de “vestuário condigno com o exercício do mandato”. Em nota, a presidência justifica que “há necessidade do bem vestir, inclusive no ambiente externo ao Parlamento”.

O que Suas Excelência merecem é uniforme listrado em preto e branco, além de bonezinho no mesmo estilo, característico dos que são privados de liberdade.

Vendas vão disparar

Duas constatações sobre o lançamento, ontem, do livro Fire and Fury:

1) Donald Trump terá de lutar num terreno em que não se dá bem, as letras.

2) Com as vendas, o autor ganhará o valor de uma mega-sena acumulada, sem ter que adivinhar os números.

Causa e consequência

Não por acaso, de tempos em tempos, lembram Luiz de Camões. Foi autor da célebre frase: “O fraco rei torna fraca a forte gente”.

Desculpa mal dada

Toda a vez que os governos querem aumentar os impostos, dizem que é um mal necessário. Haverá oportunidade para falarem de algum bem necessário?

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/rota-da-corrupcao/ A rota da corrupção 2018-01-05
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