Mundo Russos estão mirando rebeldes sírios financiados pelos EUA
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2015
Rebeldes sírios, secretamente treinados pela CIA (a agência de inteligência dos EUA) para lutar contra o governo do ditador Bashar al-Assad, estão sob ataque de forças russas e têm poucas chances de ser resgatados pelos EUA, revelaram ontem oficiais norte-americanos. Há pouco mais de uma semana, os russos, aliados do ditador da Síria, iniciaram uma série de ofensivas aéreas no país árabe, sob justificativa de estar combatendo o grupo radical muçulmano EI (Estado Islâmico). No entanto, há relatos de que os principais atingidos foram os opositores do regime.
“Os russos sabem quais são seus alvos e têm uma capacidade sofisticada para entender a situação no campo de batalha”, afirmou o deputado republicano Mike Pompeo, que atua no comitê de inteligência da Câmera. Cuidadoso para não confirmar a existência do programa de treinamento norte-americano, ele disse apenas que os russos estão bombardeando locais que não possuem conexão com o EI.
Segundo as agências de notícias e CIA, começou em 2013 uma operação para armar, financiar e treinar a oposição moderada a Assad. Durante esse período, a agência teria treinado cerca de 10 mil militantes. Esse projeto é diferente do programa do Exército para exercitar paramilitares para lutar especificamente contra o EI, que foi cancelado na última semana pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo fontes da Casa Branca e do Pentágono ouvidas pelo The New York Times, a estratégia de levar rebeldes moderados para fora da Síria, treiná-los e trazê-los de volta ao país para combater o EI falhou, em parte, porque muitos dos militantes estavam mais interessados em lutar contra o regime de Assad do que contra os terroristas, que também se opõem ao ditador (Folhapress).
