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| Saiba como funcionava o esquema de corrupção de Eduardo Cunha e Geddel na Caixa Econômica Federal

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Geddel nega as acusações feitas contra ele. (Foto: Reprodução)

O destino de Geddel Vieira no governo Temer já estava mesmo traçado. Se sobrevivesse, no cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo, ao escândalo causado por sua interferência junto ao colega Marcelo Calero, da Cultura, para levar o Iphan a aprovar um projeto imobiliário ilegal em Salvador (BA), não escaparia da Operação “Cui Bono” (a quem beneficia?), da PF (Polícia Federal).

Executada na sexta-feira (13) cedo, como é praxe na PF, ela recolheu documentos em residências do político baiano, os quais levam o Ministério Público a denunciar Geddel e um grupo de constituírem uma “organização criminosa” para atuar na CEF (Caixa Econômica Federal).

Estiveram juntos com o ex-ministro, segundo promotores, personagens sugestivos: o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, em recolhimento forçado na carceragem da Lava-Jato; o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e Fábio Cleto, estes dois ligados em outras histórias também a Cunha.

Parece mais um caso desses de corrupção. Mas com a peculiaridade de reunir aspectos clássicos desses esquemas montados entre políticos poderosos de ocasião, para ocupar postos em estatais e, a partir deles, vender facilidades a empresários privados, com as propinas sendo destinadas aos subterrâneos financeiros eleitorais e, é certo, bolsos particulares.

É um exemplo irretocável do manual de corrupção seguido nestes tempos lulopetistas. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da CEF, entre 2011 e 2013, enquanto Fábio Cleto operava como vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias do banco público. Funaro e Cunha transitavam nos canais obscuros de intermediação de pedidos de empréstimos por grandes empesas, concedidos mediante pagamentos “por fora”. Algo como a “taxa de urgência” de cartórios.

Cunha, Cleto e Funaro já haviam sido detectados em operações deste tipo no fundo de investimento gerenciado pela CEF com dinheiro do FGTS (FI-FGTS). Esperam a PF e o MP que provas coletadas junto a Geddel Vieira ajudem também a iluminar estes e outros negócios, como em fundos de pensão de empresas públicas. A Funcef, dos funcionários da Caixa, é um dos maiores.

No esquadrinhamento da atuação dessa “organização criminosa” na CEF, as investigações se depararam, no outro lado do balcão, com empresas como a J&F Investimentos, proprietária do frigorífico JBS, Marfig, também frigorífico e com o grupo Constantino, controlador da Gol. Empresas que também costumam ser clientes do BNDES e fortes financiadoras de campanhas.

Registre-se, ainda, que este caso é mais um elo do lulopetismo com o PMDB de Geddel e Cunha, em um esquema de corrupção no atacado. (AG)

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