Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2019
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu à PF (Polícia Federal) a abertura de inquérito contra o youtuber Vina Guerrero para apurar a suposta prática de crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra do presidente da República, Jair Bolsonaro.
No pedido, feito na terça-feira (06), Moro solicitou ainda que a PF verifique a possibilidade de enquadrar as condutas de Guerrero na Lei de Segurança Nacional. O youtuber divulgou um vídeo no seu canal no YouTube em que afirma que “não tem mais condição de aceitar” Bolsonaro no poder e que o presidente e seus quatro filhos devem ser assassinados.
“Vamos começar a guerra, velho. É isso que tem que acontecer. Não tem mais condição de aceitar um bosta como o Bolsonaro no poder. Esse cara tem que ser assassinado. Ele e família. Menos a filha, que não é política. Os políticos da família Bolsonaro, os quatro: os três filhos bosta e o próprio pai. Esses têm que acabar, têm que morrer. Você tem que morrer Bolsonaro. Você é um câncer na sociedade, você é um lixo, você é um opressor de merda, um covarde”, afirmou o youtuber no vídeo, que já foi retirado da plataforma.
Guerrero tem cerca de 6 mil inscritos no seu canal. Após a publicação contra o presidente do Brasil, ele apagou todos os vídeos do canal. Vina Guerrero é filiado ao PDT. Nas redes sociais, o diretório do partido em São Paulo divulgou uma nota na qual repudia as “declarações de ameaça” do youtuber. O PDT afastou o filiado das atividades partidárias e encaminhará o caso para o conselho de ética do partido.
“Gostaríamos de deixar muito claro que trata-se de uma ação puramente individual e isolada na qual o PDT da cidade de São Paulo não participa ou coaduna de absolutamente nenhuma maneira. Não compactuamos com o autoritarismo, venha ele de onde vier, seja da direita, seja da esquerda”, diz o partido em nota.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que solicitou a investigação “para a apuração de graves crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra praticados contra o Sr. Presidente da República, Jair Bolsonaro”.
“Foi ainda solicitada, em vista da gravidade das ameaças e da incitação à violência, a verificação de eventual enquadramento das condutas na Lei de Segurança Nacional”, explicou a pasta.