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Brasil Temer quer barrar a denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça feita a ele pelo procurador-geral da República

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Para Temer, a relação com a base aliada ficou desgastada porque o Planalto foi obrigado a atender a dezenas de demandas individuais. (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente Michel Temer planeja receber pessoalmente os integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados para estabelecer a estratégia de defesa contra a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça, encaminhada na quinta-feira pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo aliados, Temer terá que atuar, porque grande parte da base aliada, principalmente os partidos do centrão, não aceitam a articulação política do ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo. O Planalto fará ainda um “pente-fino” na comissão para ver se há risco de traições.

A meta é barrar a denúncia ainda na discussão no STF ou até no Ministério Público Federal. Mas, se isso não ocorrer, querem uma tramitação rapída na Câmara. Nos bastidores, o temor no Planalto não é com a última flecha de Janot e sim com uma delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Por isso, querem enterrar a denúncia “antes que Geddel fale”.

O Planalto avalia que o cenário é mais favorável a Temer do que na primeira denúncia. Um dos motivos é o desgaste de Janot, as contradições dos irmãos Batista e a contestada atuação de Marcelo Miller no processo. Na primeira denúncia, o governo teve que trocar quase todos os integrantes da CCJ. Agora, a avaliação é que a situação é mais tranquila, mas é preciso “ficar de olho”, segundo um aliado. Outra preocupação é com o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que da primeira vez criou problemas para o Planalto ao escolher o o deputado Sergio Zveiter (Pode-RJ) para ser relator do caso. Com a derrota do parecer de Zveiter, Pacheco foi enquadrado e escolheu o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) para ser o relator do parecer vencedor, ou seja, da decisão de rejeitar a denúncia contra Temer.

Agora, querem saber o humor de Pacheco e dizem que a relatoria está sendo negociada. Segundo aliados, o próprio Temer vai receber os integrantes da CCJ para estabelecer a estratégia de defesa. Temer terá que atuar, porque grande parte da base aliada, principalmente os partidos do centrão, não aceitam a articulação política do ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).

Aliados mais próximos ao presidente já estão trabalhando diretamente com Mariz. Na quinta-feira, antes dos advogados entrarem com recurso no STF, Mariz anunciou a estratégia a aliados. Para o vice-líder na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), Janot teve “ânsia” de apresentar a denúncia, porque está para sair da PGR.

O objetivo do Palácio do Planalto é paralisar a denúncia o máximo possível no âmbito do Judiciário, pelo menos até a próxima quarta-feira, quando o STF retomará o julgamento sobre as irregularidades no processo de delação dos donos da JBS. No plano político, a ordem é que os aliados defendam esse adiamento e ainda redobrem os ataques a Janot, destacando que ele mesmo se desgastou ao admitir “omissões gravíssimas” no processo de delação da JBS e montem um grupo de ataque a Janot, à JBS e ao ex-procurador Marcelo Miller dentro da CPI da JBS.

Bilhões em propinas

Quatro quadrilhas que, juntas, teriam recebido 3,3 bilhões de reais em propinas. Essa é a soma de tudo o que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, indicou nas quatro denúncias contra 34 políticos enviadas ao STF este mês.

O valor inclui o que o Ministério Público Federal diz ser resultado de crimes de corrupção cometidos pelas assim nomeadas organizações criminosas do PT, do PMDB da Câmara, do PMDB do Senado, e PP. O PT, que esteve no comando da Presidência da República de 2003 a 2016, responde pela maior cifra: 1,485 bilhão de reais. Em seguida aparece a suposta quadrilha do PMDB do Senado, com 864,526 milhões de reais.

Em terceiro, o grupo comandado pelo atual presidente da República Michel Temer, com propinas na casa dos 587,1 milhões de reais, seguidos de 380,9 milhões de reais destinados à organização do PP, aliado de todas essas gestões.

Nas quatro denúncias, Janot cita ainda um valor calculado pelo Tribunal de Contas da União, como o tamanho do prejuízo causado principalmente à Petrobras, estatal que foi dividida pelos três partidos e alvo de acordos que envolviam pagamentos irregularidades por fornecedores aos núcleos políticos dos três partidos. (O Globo)

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https://www.osul.com.br/temer-quer-barrar-a-denuncia-por-organizacao-criminosa-e-obstrucao-da-justica-feita-pelo-procurador-geral-da-republica/ Temer quer barrar a denúncia de organização criminosa e obstrução da Justiça feita a ele pelo procurador-geral da República 2017-09-16
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