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Brasil Um exame de DNA em cigarro apontou um militar como suspeito de um estupro

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Acusado de estupro é fumante e deixou guimbas que foram usadas como material para o exame. (Foto: Divulgação)

Uma guimba de cigarro deixada no canteiro da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), foi a responsável por identificar o capitão da Marinha André Charmarelli Teixeira, de 36 anos, como o acusado de um estupro. Ele já era suspeito de praticar o crime contra uma vizinha. No entanto, em depoimentos à polícia, sempre negou qualquer envolvimento. Indícios levaram agentes a recolher as guimbas e encaminhá-las para o Instituto de Pesquisa em Genética da Polícia Civil, que atestou a compatibilidade do DNA entre os vestígios encontrados no local e na saliva.

“Ele já vinha sendo considerado suspeito de ser o autor do estupro e chegou a ser ouvido. Mas, na presença do advogado, negava qualquer envolvimento. Só que ele é fumante e deixou guimbas que foram usadas no exame, confrontando com o sangue encontrado no apartamento”, explicou a delegada titular da Deam, Rita Salim.

O caso ocorreu em abril, no apartamento da vítima, também em Jacarepaguá. De acordo com a mulher, ela estava dormindo quando acordou com o agressor na sua cama, encapuzado e portando uma arma de fogo, tentando sufocá-la com um pano embebido em uma substância entorpecente. Após entrarem em luta corporal, ela mordeu a mão de André e se desvincilhou. Contudo, ele a ameaçou com a arma e voltou a cometer o abuso sexual, largando então a pistola calibre 40 ao lado da cama.

“Nesse momento ela conseguiu desarmá-lo e dar uma coronhada nele. Os dois foram lutando até o banheiro, onde ela deixou cair o carregador da arma dentro do vaso sanitário. Foi então que ele tomou a pistola de volta e foi embora”, conta a delegada.

Bastante assustada, a vítima se trancou no quarto e pediu ajuda a vizinhos em um grupo do Whatsapp. O militar foi o primeiro a oferecer auxílio, perguntando se podia entrar no imóvel pela varanda, já que a porta principal também estava trancada. Ao chegar no apartamento, a mulher reconheceu a voz do vizinho de porta como sendo a mesma do agressor. Ao saber que o carregador estava dentro da privada, ele pegou e guardou na cintura. Com a chegada dos PMs, ele, que já tinha ido novamente em casa, negou que teria pegado o objeto.

“Juntando esses dois pontos, a identificação da voz e o fato dele ter mentido para os policiais militares, ela teve a certeza de que era o autor do estupro”, comenta.

Os policiais então encontraram o carregador molhado dentro do cofre do acusado e levaram todos para a delegacia. No entanto, André sempre negou o crime e recusou a fornecer material genético para confrontar com o sangue encontrado no imóvel. Só com o resultado do exame de DNA feito a partir da comparação entre a saliva e o sangue deixado no local é que foi possível pedir a prisão preventiva, após a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-RJ).

Na denúncia, para justificar a prisão de André, o promotor Alexandre Murilo Graça destaca que os riscos corridos pela vítima e o perigo que o militar representava em liberdade. “Tendo em vista que o denunciado retornou ao local do crime, para encobrir seus rastros, não se sabendo ao certo o que poderia ter acontecido com a vítima, caso a polícia ali não chegasse a tempo, entendo que, em liberdade, este poderá causar embaraços a instrução criminal, bem como, e a própria aplicação da lei penal, motivo pelo qual requer o Ministério Público a decretação da prisão preventiva do denunciado”, diz um trecho da denúncia apresentada pelo MP-RJ.

André está detido no presídio da Marinha, na Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara, desde o dia 19 de julho, e só voltará a falar em juízo. De acordo com a polícia, a pena varia entre seis e dez anos, sem contar a gravidade do uso de uma arma de fogo.

A Marinha, em nota, informou que colabora com as autoridades policiais competentes e que o militar está à disposição da Justiça. O texto diz ainda que, neste momento, não é possível especificar o tipo de punição dada caso o capitão seja condenado. A Marinha informa também que o militar servia a bordo de um navio da Esquadra e ingressou na instituição em 1998, aos 16 anos.

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