Brasil Um falso treinador de futebol foi preso por pedofilia após prometer uma vaga no time do Santos em troca de imagens de adolescentes sem roupa
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2017
Um falso treinador de futebol foi preso em flagrante por pedofilia em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na terça-feira (15). Ele conversava pela internet com meninos de 7 a 11 anos e prometia uma vaga no time do Santos se eles tirassem a roupa.
A equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Santos localizou Fabio Batista, de 44 anos, em um imóvel na Avenida Rio Branco, no bairro Boqueirão. Uma ordem de busca e apreensão, expedida pelo juízo do Fórum da Barra Funda, na capital paulista, levou os policiais ao local.
Batista já é investigado pela Justiça pelo crime de pedofilia e, por isso, o mandado judicial contra ele. Em 2005, Fabio já havia sido condenado por atentado violento ao pudor e ficou seis anos preso, segundo informações da Polícia Civil.
A princípio, nada de ilícito havia sido encontrado com ele. Entretanto, ao vistoriarem um aplicativo de mensagens no celular do investigado, os policiais localizaram conversas com conteúdo sexual explícito envolvendo menores de idade, todos do sexo masculino.
Segundo o investigador-chefe da DIG, Paulo Carvalhal, ele se comunicava prometendo que ia levar as vítimas para treinarem no time do Santos. “Nas conversas, ficava pedindo para os meninos enviarem fotos de cueca e pelados”, informou.
Ao menos três vítimas, moradoras da região, já foram identificadas. Os trabalhos continuam para identificar eventuais outros menores que possam ter sido alvo de Fábio, que foi recolhido à Cadeia Pública de Praia Grande após o flagrante.
Estimativa de crescimento de 50%
Só no Rio de Janeiro o número de inquéritos envolvendo casos de pedofilia que começam ou são cometidos com o auxílio da Internet aumentou em torno de 50%, segundo a DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática). O dado é referente ao período entre os meses de junho de 2016 e junho de 2017. Conforme a delegada titular da especializada, Daniela Terra, os pais devem ficar atentos às mensagens que os filhos trocam na internet.
A delegada também reforçou a mensagem de que ninguém pode manter ou enviar fotos e vídeos íntimos envolvendo crianças e adolescentes. “Você também estará cometendo um crime de pedofilia. Meu apelo é esse: não compartilhe, mesmo que seja para alertar”, garantiu Terra.
Para ela, é preciso um controle maior dos pais em relação ao que os filhos fazem na internet, cuja disseminação através de smartphones tornou o perigo permanente. “Os pais precisam se reeducar. Os casos aumentaram nessa medida porque há cada vez mais acesso às redes, para crianças cada vez mais novas. Por isso, os pedófilos intensificaram seus ataques”, explicou ela, que diz ainda que hoje se fala mais aberta e claramente sobre o assunto.
Recentemente, um caso envolvendo duas adolescentes chamou a atenção na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Um zelador de um prédio mantinha uma câmera no banheiro para obter imagens das duas enteadas nuas. O crime foi descoberto pelo síndico do prédio, que havia esquecido um pendrive na administração do prédio. Sem saber que o zelador também tinha deixado um pendrive no setor, o síndico conectou o dispositivo a um computador e se deparou com imagens das duas meninas nuas. O inquérito já foi encaminhado para o Ministério Público, que agora analisa se aceita e transforma o documento em uma denúncia. O zelador responde ao inquérito em liberdade. (AG)
