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Brasil Uma nova divulgação de supostas conversas privadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro implica o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal

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Sérgio Moro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Uma nova divulgação de supostas conversas privadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro implica o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal). A troca de mensagens foi divulgada na quarta-feira (12) na rádio Band News FM pelo jornalista Reinaldo Azevedo, âncora do programa, e pelo repórter do site “The Intercept Brasil” Leandro Demori.

A mensagem teria sido trocada em 22 de abril de 2016, cinco dias depois da votação, pela Câmara dos Deputados, da admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, pouco depois das 13h, por meio de um aplicativo. Em um grupo com outros procuradores do MPF (Ministério Público Federal), Dallagnol diz que teve uma conversa com Fux e que o ministro teria se colocado à disposição para ajudar a força-tarefa da Operação Lava-Jato no que fosse preciso.

Em seguida, o coordenador da força-tarefa encaminha a mesma mensagem a Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. O então juiz da Lava-Jato responde que tem confiança no magistrado do Supremo.

“Caros, conversei com o Fux mais uma vez hoje. Reservado, é claro: o ministro Fux disse quase espontaneamente que Teori [Zavascki, então relator da Lava-Jato no Supremo, morto em acidente aéreo em janeiro de 2017] fez uma queda de braço com Moro e viu que se queimou”, escreve Deltan. Ele continua: “[Fux] disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me pra ir à casa dele. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições. Principalmente no novo governo”, diz o texto enviado por Dallagnol aos colegas do MPF.

Segundo os jornalistas, a “queda de braço” é uma referência às críticas de Teori à divulgação, pelo então juiz Moro, de interceptações telefônicas ilegais gravadas entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Os grampos levaram à anulação da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, por decisão do Supremo.

Quando Dallagnol encaminha o mesmo texto a Moro, o ex-juiz responde: “Excelente. ‘In Fux we trust’ [Nós confiamos em Fux]”. A frase é uma referência à estampada nas cédulas do dólar: “In God we trust” [Nós confiamos em Deus].

Vinte dias depois desse diálogo por meio de aplicativo de mensagens, Dilma foi afastada do cargo de presidente da República — em seu lugar assumiu Michel Temer, a quem o procurador se referia ao mencionar o “novo governo”.

O Ministério Público e Fux afirmaram que não se manifestarão. Moro ainda não se pronunciou.

No domingo (9), o site “The Intercept Brasil” divulgou conversas entre Moro e Dallagnol que sinalizam que ambos atuaram de forma coordenada no âmbito da Lava-Jato. De acordo com a reportagem, o ex-juiz teria sugerido ao coordenador da força-tarefa, por exemplo, que trocasse a ordem das operações, além de fornecer pistas para novas frentes de investigação. Os fatos serão usados pela defesa de investigados da Lava-Jato, entre eles Lula, para alegar a suspeição de Moro como juiz do processo.

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