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Brasil Uma turista inglesa foi baleada ao entrar por engano em uma favela do Rio de Janeiro

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Turista baleada em favela. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou na manhã desta segunda-feira (7) que identificou dois suspeitos de estar envolvidos no caso da turista inglesa baleada ao entrar por engano em uma comunidade de Angra dos Reis, na Costa Verde.

“Ouvimos já duas testemunhas. Há dois suspeitos a princípio já identificados. A gente trabalha com a possibilidade de outras pessoas terem participado também. Ainda não foi possível a gente ouvir a vítima e seu esposo por recomendação médica, mas acredito que hoje já seja possível ouvi-los”, disse o delegado adjunto Márcio Pereira Teixeira de Melo.

Ele acredita que esse caso seja um efeito colateral do aumento da violência no Rio e do reforço das Forças Armadas na Segurança Pública da capital. Uma espécie de efeito dominó, que irradia do Rio até atingir as regiões mais interioranas do estado.

“A gente vem observando, quando tem um arrocho por parte das forças de segurança na capital, naturalmente os bandidos procuram se evadir e vêm em busca do interior. Aqui em Angra é um dos destinos deles”, argumentou o delegado.

A turista inglesa Eloise Dixon, de 46 anos, foi baleada no domingo (6) ao entrar por engano em uma comunidade de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro, a cerca de 2h30 da capital. Ela estava com a família em um carro alugado procurando um lugar para comprar água. Segundo a equipe médica, ela não corre risco.

Eloise foi atingida por dois tiros e levada direto para a sala de cirurgia do Hospital Geral da Japuíba. “O projétil percorreu todo o abdômen e por sorte não pegou grandes vasos ou órgãos importantes. Deu sorte, realmente”, relatou Rodrigo Mucheli, diretor médico do hospital. A direção da unidade médica informou que ela passa bem, se comunica normalmente com a família e que ela deve receber alta em até 72h.

Mas a Embaixada do Reino Unido e o Consulado Geral britânico entraram em contato com a família para organizar a transferência da vítima para um hospital do Rio.

“Estamos apoiando a família da mulher britânica que foi hospitalizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, Brasil. Nossas equipes mantêm contato com as autoridades locais.”, comunicou a embaixada.

O secretário de governo da Prefeitura de Angra dos Reis disse que o marido e as filhas da mulher vão ficar hospedados na cidade até que ela tenha alta. Ele comentou sobre as comunidades dominadas pelo tráfico. “A gente tem comunidade que a gente não pode entrar, que a imprensa não pode entrar, que o serviço [público] não pode entrar, isso é inadmissível mesmo. A gente tem que cobrar providências urgentes”.

Dificuldade no idioma pode ter feito motorista errar caminho

O marido de Eloise dirigia o veículo, a vítima estava no banco do carona e as três filhas, de 7, 9 e 13 anos, no banco de trás. O automóvel foi atingido por disparos na porta, nos pneus e até no encosto da cabeça de onde a mulher estava sentada. O motorista conseguiu dirigir até o posto da Polícia Rodoviária Federal, onde a família foi atendida e levada ao hospital. O carro já passou por perícia.

A família vinha do Rio de carro e seguia para Paraty, pela BR-101 (Rio Santos). Segundo a Polícia Civil, na altura de Angra, no caminho até Paraty, as filhas do casal pediram para o pai parar para elas usarem o banheiro e beberem água. O motorista foi pedir informações para uma pessoa que estava na estrada. Mas ele não fala português e quem tentou ajudar, não falava inglês.

A Polícia Civil acredita que essa dificuldade, em função dos idiomas diferentes, tenha feito com que o motorista tenha entendido errado as informações que recebeu. Aí, por acaso, ele acabou entrando na comunidade Água Santa, que fica a 20 km do Centro de Angra. Ao entrar nessa comunidade, dois homens armados abordaram o carro e ordenaram que a família saísse dali, naquele momento.

Mas, de novo, por causa da comunicação, o motorista nem entendeu o que estava acontecendo e seguiu adiante, informou a Polícia Civil. Os homens atiraram contra o carro, a maioria dos tiros foi em direção ao banco do carona, onde estava a turista Eloise. (AG)

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