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Brasil Varejo fecha 2016 com o pior resultado dos últimos 16 anos

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Cenário é de cautela apesar da surpresa positiva com o resultado de novembro, em que as vendas subiram 2% no mês. (Foto: Reprodução)

O comércio varejista brasileiro despencou no ano passado: encerrou 2016 com o pior movimento de vendas em 16 anos e retrocedeu para o nível de atividade registrado em 2012. No ano passado, o movimento nacional do comércio medido pelas consultas para vendas a prazo, com cartão de débito, de crédito e com cheque caiu 6,6% em relação a 2015, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, que começou a ser apurado em 2001.

Até 2015, a maior retração tinha ocorrido em 2002 (-4,9%), ano da crise de energia. “Não esperávamos uma retração tão forte”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ele atribui esse desempenho aos juros e ao desemprego elevados, à falta de segurança do consumidor para ir às compras e à inflação alta, que afetou especialmente os supermercados, que vendem alimentos.

Apesar do tombo, o economista acredita que o setor ainda não bateu no fundo poço. “Vamos ter um primeiro semestre ainda muito negativo, com mais terra para cavar nesse buraco”, afirma Rabi. Ele enxerga alguma reação a partir do segundo semestre, em resposta à queda dos juros e uma certa estabilização do mercado de trabalho.

Por conta disso, o especialista prevê que, depois de dois anos seguidos de queda, 2017 inteiro deve fechar empatado. Nas previsões do economista, o varejo só deverá retomar o pico de vendas, que foi em 2014, em 2020. “Vamos levar quatro anos para recuperar dois anos perdidos [2015 e 2016].”

Setores.

Segmentos menos essenciais e dependentes de crédito tiveram as vendas no varejo mais afetadas no ano passado. O campeão de queda foi o de veículos, motos e peças, que teve retração de 13%.

A segunda maior queda no movimento de vendas ocorreu no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com um recuo de 12,6% em 2016 ante 2015.

As vendas de móveis, eletroeletrônicos e itens de informática, que sempre foram os produtos que comandaram o varejo nos momentos de bonança, recuaram 11,1% no ano passado.

Crescimento pontual.

O cenário é de cautela apesar da surpresa positiva com o resultado de novembro. As vendas do varejo avançaram 2% no mês, frente a outubro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa foi a primeira alta depois de quatro meses seguidos de queda. Frente a novembro de 2015, o setor recuou 3,5%, a 20ª taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior.

O desempenho de novembro veio acima do esperado por analistas. A expectativa era de alta de 0,40% na comparação mensal e de queda de 5,45% sobre um ano antes. A alta de 2% de novembro ajuda a compensar parte da perda de 2,3% registrada nos meses de setembro e outubro. (AG)

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https://www.osul.com.br/varejo-fecha-2016-com-o-pior-resultado-dos-ultimos-16-anos/ Varejo fecha 2016 com o pior resultado dos últimos 16 anos 2017-01-14
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