Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro preferia o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança como seu vice, e não Hamilton Mourão, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a colunista, ele externou seu arrependimento na terça-feira (12) em frente a todos os deputados presentes na reunião que chancelou sua vontade de criar um novo partido e deixar o PSL.
Segundo relatos, Bolsonaro se dirigiu ao príncipe e disse que tinha uma dívida eterna com ele. Bragança respondeu que não.
Mas o presidente insistiu. Afirmou que Bragança deveria ter sido seu vice, e não esse Mourão aí. le ainda lamentou. Disse que não haveria mais como voltar atrás.
O príncipe confirmou as declarações à coluna e diz nunca ter nutrido um sentimento negativo por ter sido preterido. “Basicamente ele reconheceu publicamente o que estava nos bastidores. Eu entendo que no mundo político há muitas artimanhas, conspirações.”
“O Bolsonaro não precisava de mim para ganhar a eleição. Precisava de alguém que fosse simplesmente leal. Na época, até fiquei aliviado porque ele me liberou para fazer outras coisas.”
Na tarde desta quarta-feira (13), depois da ampla repercussão da notícia, o príncipe postou no Twitter a seguinte declaração: “O presidente não mencionou o Mourão na conversa com os deputados.”
Equilíbrio fiscal
Segundo informações da Agência Brasil, Hamilton Mourão disse na terça-feira (12) que o governo federal está empenhado a manter o equilíbrio fiscal do país e a dar condições para que as empresas possam aumentar a produtividade. As declarações foram dadas a empresários em evento de entrega de comendas, distinções de honra, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“O governo do presidente Bolsonaro agindo com clareza, com determinação e com paciência procura trazer de volta o equilíbrio fiscal e, ao mesmo tempo, aumentar a nossa produtividade retirando o peso da ineficiência do estado das costas de quem investe, trabalha e produz nesse país”, destacou em discurso.
Segundo o vice-presidente, o governo quer que o país seja reconhecido como a maior e mais próspera democracia liberal do hemisfério sul. “Não vamos recuar dessa tarefa, vamos avançar o tempo todo para que, dentro da nossa visão de futuro, dentro do projeto que temos e vemos para o nosso país, o nosso Brasil seja reconhecido como a maior e mais próspera democracia liberal ao sul do Equador. Este é nosso destino manifesto”, ressaltou.
No evento, denominado Fiesp – Homenagem às Forças Armadas, Mourão recebeu a Comenda de Ordem do Mérito Industrial de São Paulo, em nível Grã-Cruz, a maior condecoração outorgada pela entidade. O vice-presidente fez um breve histórico da importância das Forças Armadas Brasileiras na história do país, e destacou seu papel no século 20. “Enfrentamos e vencemos por três vezes o pior inimigo que esse país já teve, que foi o movimento comunista internacional. Não nos omitimos nessa tarefa”, disse. O vice-presidente ainda ressaltou a participação do exército no combate aos incêndios na floresta Amazônica, e na limpeza das praias nordestinas atingidas por petróleo.