Quarta-feira, 26 de novembro de 2025

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Olimpíada Tandara promete provar que Ostarina entrou acidentalmente em seu organismo

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Atleta começa a preparar defesa contra a acusação e fará contraprova. (Foto: Wander Roberto/COB)

Afastada dos Jogos Olímpicos de Tóquio por “potencial violação do antidoping”, antes das semifinais contra a Coreia do Sul, a brasileira Tandara deu sua versão sobre o caso através de nota oficial em suas redes sociais. A jogadora de vôlei promete provar que a substância entrou em seu organismo “acidentalmente”.

“Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância Ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não foi utilizada para fins de performance esportiva”, afirmou em nota a defesa de Tandara Caixeta.

Tandara não se pronunciará até a decisão final do caso, de acordo com sua defesa. O pedido é que respeitem o momento “extremamente desgastante e traumático”. Os responsáveis pela condução do caso solicitam que evitem julgamentos precipitados, defendendo a índole da atleta.

“Até o momento, sequer foi analisada a contraprova da urina da atleta (amostra B), portanto, salvo melhor juízo, não se afigura razoável qualquer pré-julgamento de uma atleta íntegra, sem quaisquer antecedentes e que há anos contribui para conquistas do voleibol brasileiro”, seguiu a nota.

Além de garantir a lisura de Tandara, a defesa mostrará que os problemas com Ostarina no País são, na maioria dos casos, “incidentes”. Vão tentar provar que a atleta não burlou regras, tampouco buscou melhor performance através de medicações proibidas. A ideia é comprovar que houve precipitação na decisão de cortar Tandara da Olimpíada no Japão. O Brasil jogou a final na madrugada deste domingo (8) e ela não pode disputar a partida contra os Estados Unidos.

“Recentemente, inúmeros atletas no Brasil foram vítimas de incidentes envolvendo a Ostarina (SARM-22), a ponto de a Anvisa intervir para proibir a comercialização de tal substância em território nacional.”

Futuro incerto

Tandara retornou ao Brasil para preparar a defesa e realizar uma contraprova do exame feito no dia 7 de julho, em na cidade de Saquarema, no litoral fluminense. A atleta pode pedir uma contraprova e vai ter que encarar um processo no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem. Mas, se for comprovado uso intencional da substância, ela pode ser suspensa por até quatro anos.

O coordenador da Comissão de Controle de Doping da CBF, Fernando Solera, diz que mais de 60% dos casos julgados por possível doping têm causa em suplementos contaminados. Isto é, para que seus produtos deem resultados expressivos e “ganhem fama nas academias”, as indústrias introduzem intencionalmente substâncias não permitidas, sem comunicar aos consumidores.

“As fábricas que fazem isso não pensam em um cliente esportista, que faz controle antidoping. Por isso, gosto de orientar que o atleta deva consultar sempre seu departamento médico antes de tomar qualquer coisa. Outra recomendação é jamais indicar suplementos em sua rede social, mesmo que por acordo publicitário”, orienta Solera.

Todo caso de doping segue o mesmo roteiro: algumas atletas são selecionadas pela organização antidoping para colher amostras de sangue e/ou urina, e o material biológico é encaminhado para um laboratório específico, que avalia a integridade e faz as análises. O prazo para sair o resultado é de 20 dias.

O processo é relativo à pessoa física. Então, nada acontece com a seleção feminina de vôlei. Tandara é quem terá que responder e assumir as consequências. Seu advogado, Marcelo Franklin, afirmou que ela é inocente, porém não há nenhuma linha de defesa estabelecida ainda. A jogadora também disse ao técnico José Roberto Guimarães que estava limpa.

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