Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2022
Transcorrida uma semana desde a final da Copa do Mundo do Catar, ainda repercute o confronto que resultou em vitória da Argentina sobre a França nos pênaltis após um eletrizante 3 a 3. Parte da imprensa de Paris, por exemplo, insiste na tese de que o terceiro gol dos latino-americanos (marcado por Lionel Messi) foi irregular, motivando o árbitro polonês Szymon Marciniak a conceder entrevista coletiva para rebater críticas.
“Os franceses não mostraram uma imagem onde se vê sete de seus reservas em campo quando Mbappé marca um dos gols. Qual foi o impacto dos jogadores que se levantaram e saltaram no banco?”, questionou. “Há jornais sérios e outros que só procuram ruído. Amigos meus e grandes árbitros franceses me enviaram mensagens para dizer que a arbitragem foi excelente. Profissionais e jogadores de futebol nos deram os parabéns. Até Mbappé me disse que éramos ótimos árbitros.”
A imagem que Marciniak se referiu é um lance que envolve o atleta francês Kolo Muani, que entrou em campo no decorrer da partida. Szymon Marciniak se defendeu ao mostrar a fotografia do lance em questão.
“[Entenda] Por que o terceiro gol da Argentina não deveria ter sido validado”, diz um manchete francesa. Alegação: conforme o regulamento da Federação Internacional de Futebol (Fifa), antes de a bola passar a linha, reservas argentinos já estavam dentro de campo para comemorar o gol, o que não é permitido.
O jornal francês “L’Equipe” também acredita que a Seleção do país europeu foi prejudicada, com base em imagens que circulam nas redes sociais e mostram alguns jogadores reservas da Argentina, destacados em campo, infringindo a regra. A publicação questiona, ainda, o fato de que a ação sequer foi analisada pelo VAR: “Houve permissividade do quatro árbitro, que deveria controlar ou reportar a invasão dos reservas da Argentina”.
Já o jornal espanhol “Marca” foi um dos que criticaram a insistência francesa em relação ao placar da final da Copa, que deu à Argentina o tricampeonato mundial (depois de 1978 e 1986). A informação foi tratada de forma irônica pelo periódico ibérico, com o seguinte título: “O grito ridículo da imprensa francesa”.
O que diz a regra da Fifa
“Se antes do reinício da partida [devido a gol] o árbitro perceber que outra pessoa estava dentro do campo no momento em que foi marcado o gol, o árbitro deve anular o gol. Se o invasor for jogador suplente, substituído, expulso ou dirigente da equipe que fez o gol, a partida deve ser reiniciada com tiro-livre direto no local onde se encontrava o invasor”.
