Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2022
Modalidade esportiva marcada por movimentos impressionantes acima e abaixo da água, o nado artístico deixará de ser uma exclusividade feminina em Olimpíadas. Conforme a World Aquatics (antiga Federação Internacional de Natação), nos Jogos de Paris (França), marcados para 2024, as equipes desse esporte poderão contar com até dois homens entre os seus oito integrantes.
“Esportes aquáticos são universais e os homens provaram ser excelentes nadadores artísticos”, ressaltou por meio de um comunicado o presidente da entidade, Husain Al-Musallam, do Kuait. “É um dia de celebração para os que fizeram campanha pela inclusão dos homens neste esporte nos Jogos Olímpicos e para os que foram os pioneiros na participação dos homens.”
Chamado até 2017 de “nado sincronizado”, o nado artístico está presente nas Olimpíadas desde a edição de Los Angeles (Estados Unidos), em 1984. Mas os homens já participam de competições da modalidade em campeonatos mundiais bienais de esportes aquáticos desde 2015. Ao menos dez países devem participar das provas dos Jogos de Paris.
Bill May e Christina Jones garantiram o ouro para os Estados Unidos, no evento inaugural de dueto misto de gêneros, na cidade de Kazan, na Rússia. Ele repercutiu a inclusão: “graças à perseverança dos atletas e ao apoio de tantas pessoas, eles poderão estar lado a lado, de maneira igual, para almejar a máxima glória olímpica”, celebrou May, atualmente treinador.
Saiba mais
O nado artístico (ou “natação artística”) combina elementos de natação, ginástica e dança. Sozinhos, em duetos, trios, equipes ou combos, os atletas executam sequência sincronizada de movimentos dramáticos na água, acompanhados por uma música.
Trata-se de um esporte que exige força, resistência, treino e habilidades como o controle excepcional da respiração quando o atleta está de cabeça para baixo dentro da água.
O desporto começou a ser praticado por alemães em 1891 e se desenvolveu em países como o Canadá na década de 1900, mas sua origem é incerta. Acredita-se que tenha surgido de acrobacias simples na água, evoluindo para o balé aquático (apresentado em intervalos de competições de natação) e depois para um esporte de competição.
Nos Jogos Pan-Americanos de 1955 (celebrados na Cidade do México), o nado artístico apareceu pela primeira vez em escala mundial. Também foi incluído no Mundial realizado em 1973 pela então Federação Internacional de Esportes Aquáticos na edição de 1973, na então Iugoslávia. A modalidade apareceu em Olimpíadas pela primeira em Helsinque (Finlândia, 1952), como demonstração. Só passou a disputar medalhas nos Jogos de Los Angeles (EUA), em 1984.