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Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2019
O 2º Festival Steam, promovido pela Seduc (Secretaria Estadual da Educação), ocorre até esta sexta-feira (18) no 2º andar do Caff (Centro Administrativo Fernando Ferrari).
Pense num encontro com estudantes criativos e inovadores que entendem tudo de games, aplicativos, teatro, música, dança, robótica educacional e inteligência artificial. Junte tudo isso com professores engajados em direcionar o conhecimento em benefício da sociedade. O evento, que mobiliza mais de 200 pessoas, entre estudantes e professores de todo o Estado, conta com cerca de 70 oficinas e exposições que trabalham conceitos de ciência, tecnologia, engenharia, arte, matemática e meio ambiente.
Durante a cerimônia de abertura, realizada na quinta-feira (17), o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, destacou a importância do 2º Festival Steam.
“Esta é uma grande oportunidade para mostrar o talento dos alunos e o trabalho diferenciado dos nossos professores da rede estadual. Sabemos das dificuldades, mas entendemos que não adianta reclamarmos do passado e não olharmos para o futuro. Queremos um rumo para a educação do Estado, e é por meio do incentivo à criatividade e ao empreendedorismo dos jovens que isto vai ocorrer”, afirmou.
Karam falou da liberação de R$ 20,1 milhões às escolas, confirmada pela Secretaria da Fazenda no início de outubro, que permitirá a construção de novas Salas Maker e a aquisição de novos kits pedagógicos de robótica educacional, televisores, computadores, impressoras, notebooks e projetores multimídias a partir de 2020.
“Nosso objetivo é equipar as instituições de ensino e trabalhar para que, futuramente, nós tenhamos estes eventos em cada uma das CREs (Coordenadorias Regionais de Educação) ”, reiterou.
O diretor do Departamento de Logística da Seduc, Paulo Rezende, contou como foi a construção do evento desde o ano passado. “Nós começamos, em 2018, somente com a região metropolitana de Porto Alegre. Agora, temos representantes de todo o Estado. Isso nos alegra muito porque é fundamental levar a inovação tecnológica adiante e mostrar a importância das escolas públicas neste processo”, explicou.
Projetos inovadores
Os alunos do 4º ano do curso de Eletrônica da Escola Técnica Parobé desenvolveram uma luva mecânica para auxiliar pessoas com fibromialgia, mal de Parkinson e síndrome do Túnel de Carpo. A ideia é que o utensílio ajude a fixar os objetos nas mãos e evite acidentes.
“A luva, que segura o antebraço e a mão, é feita com fios e minimotores individuais que são acionados com o movimento. Isso ameniza a dor, os tremores e colabora na qualidade de vida do indivíduo”, explicou o estudante Marcos Schirmer.
Pensando na inclusão para alunos com deficiência, as estudantes Andrielle Marques e Daiana da Silva, do 2º ano do Ensino Médio da Escola Jerônimo Mércio da Silveira, elaboraram o projeto de um robô para auxiliar crianças com autismo. O intuito é que uma tela de led mostre letras e números e reforce, pedagogicamente, o conteúdo da sala de aula.
“Desenhamos o robô quando uma prima minha descobriu que tinha dois filhos autistas. Nosso objetivo é chamar atenção para este aluno que é diferenciado e adequar a programação à sensibilidade de cada criança. Além disso, o contato com o protótipo auxilia no relacionamento com as pessoas”, destacou Daiana.
Pedro Clemente é aluno da Escola Ramiz Galvão, do município de Rio Pardo. Ele tem altas habilidades/superdotação. Com nove anos, desenvolveu um trabalho sobre astrofísica e sustentabilidade no planeta. A sua professora, Thaís Costa, contou que, além do estudo, ele desenvolveu uma maleta itinerante que é uma espécie de Sala Maker individual, que contém experimentos de ciências e maquetes de planetas.
“As crianças levam esta maleta para casa para aprender. O objetivo do Pedro é fazer com que todos aprendam estes temas para tornar a aula mais divertida e interessante”, disse.
Inclusão na robótica educacional
A Escola Heitor Villa-Lobos, de Gravataí, trabalha robótica educacional na Educação Especial e atende alunos com os mais diversos tipos de deficiência. A professora Rosângela Riva trabalha na sala de recursos e utiliza, além do kit de robótica, tablets com jogos adaptados. “Nós procuramos trabalhar o raciocínio lógico através de jogos interativos e atividades práticas que trabalhem a cognição dos estudantes”, detalhou.
Inteligência artificial
Este é o projeto dos estudantes do curso técnico em Informática da Escola Estadual João XXIII, de Campina das Missões. Eles também foram uma das equipes vencedoras do 1º concurso de Aplicativos e Games da Rede.
Um robô que pensa sozinho e disputa jogo da velha com você. Ele pode ter uma programação para deixar você ganhar, empatar ou até mesmo perder. O protótipo Vô-lle cumprimenta as pessoas com a cabeça e levanta os braços quando sai vitorioso.