Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2023
Uma pesquisa realizada pela empresa de prestação de serviços profissionais KPMG revelou que 86% das executivas brasileiras já tiveram de lidar com algum tipo de discriminação e estereótipo de gênero na carreira.
O levantamento ouviu 884 executivas de todo o mundo, sendo 50 do Brasil. As entrevistadas relataram preconceito, principalmente, no comportamento geral (32%), na comunicação (24%) e por meio de demonstrações de favoritismo (24%).
Entre as preocupações em relação a essas situações estão os riscos associados à atração e retenção de talentos, segurança cibernética e tecnologias disruptivas, podendo por exemplo, limitar a inovação. Para lidar com esse cenário, as executivas apostam em estratégias como agregar valor ao que é ofertado aos profissionais, atrair e reter pessoas, expandir a digitalização para todas as áreas operacionais e aprimorar a resiliência em proteção de dados.
Diversidade efetiva
Além disso, de acordo com 96% das respondentes no Brasil, as corporações ainda têm muito a fazer para que a diversidade de gênero seja efetiva nos cargos gerenciais e nos conselhos. “Para que as empresas alcancem resultados efetivos em diversidade, equidade e a inclusão, a alta liderança deve manter as ações relacionadas a essas causas como prioritárias e, acima de tudo, cumprir o que fala”, afirma Janine Goulart, sócia da KPMG.
Entre as ações sugeridas por Goulart está o incentivo a novos formatos de trabalho como o modelo híbrido. “Isso não elimina todos os desafios das mulheres, mas pode ajudá-las a ter mais flexibilidade para conciliar as diversas jornadas de trabalho como a rotina familiar. Além disso, ajuda a manter as oportunidades de networking”.
Pontos fortes
Ao mesmo tempo, a especialista aconselha que as executivas busquem o autoconhecimento para identificar pontos fortes, habilidades que podem ser aprimoradas e sentimentos que limitam o desenvolvimento da carreira como a síndrome da impostora. “As mulheres também devem procurar uma rede de apoio e, de maneira nenhuma, ser as únicas responsáveis na busca pela equidade de gênero. Precisam, ainda, ter participação ativa nesta pauta, contribuindo para o desenvolvimento de outras mulheres”, destaca. As informações são do jornal Valor Econômico.