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Variedades “O maior jurado da minha carreira é o povo”, diz Tony Ramos

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Ator fala de sua paixão pelo trabalho e diz: "A TV aberta é popular e democrática". (Foto: Divulgação/TV Globo)

Aos 72 anos de idade, Tony Ramos é um dos grandes destaques nos 70 anos de TV no Brasil. Atualmente no ar como Miguel de Laços de Família (2000), no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo, como Téo de Mulheres Apaixonadas (2002), no Viva, e como José Clementino de Torre de Babel (1998), disponível no Globoplay, o ator fala do apreço pela carreira em conversa Quem. Realizada por chamada de vídeo – assim como a sessão de fotos –, por conta das medidas de distanciamento social, a entrevista durou quase duas horas – uma hora e 47 minutos, para ser precisa – e o ator contou diferentes momentos da carreira, iniciada em 1964, na extinta TV Tupi.

“Na minha vida, eu nunca fiquei desejando personagem Y. Deixei acontecer. Posso citar uma dezena deles. O Riobaldo, de Grande Sertão Veredas, é um clássico, um ícone da televisão brasileira e aconteceu na minha vida por acaso. Estava na fila do banco e o diretor Walter Avancini me encontrou e falou: ‘Quando acabar o que estiver fazendo aí, vem falar comigo. Estou há dois dias para te ligar. Você é o meu Riobaldo’. Levei um susto”, conta o ator, que é paranaense, criado em São Paulo, mas vive no Rio de Janeiro há mais de 40 anos.

Sempre citado como um dos atores mais cordiais e educados do meio artístico, Tony é do tipo que gosta de uma boa prosa. “Tenho um celular que é para falar com a minha mãe, meus filhos, meus netos e, claro, minha companheira. Esse número nem a TV Globo tem (risos). É um número realmente muito pessoal. Às vezes, a gente fica horas conversando, usamos o Facetime para falar com os netos e ver como eles estão”, afirma ele, que mora em uma casa na companhia da mulher, Lidiane Barbosa, e da sogra, e tem Fátima Bernardes como vizinha de condomínio no Rio. Durante a quarentena, os encontros familiares mudaram. “Estou longe dos meus netos. A última vez que eu os vi foi pelo portão. Eles encostaram o carro, desceram e ficaram pulando… Depois, eles foram embora e tudo bem, paciência. É a vida, é o momento”, afirma o ator, casado com Lidiane há 51 anos, pai de Rodrigo, médico, e Andréa, advogada, e avô de Henrique, de 20, e Gabriela, 16, estudantes.

Embora não rejeite a tecnologia, Tony não se imagina com um perfil nas redes sociais. “Respeito, mas não é minha praia. Não vou fotografar um prato de comida para colocar no Instagram”, diz. Na opinião dele, os meios de comunicação tradicionais não deixarão de existir. “A TV aberta é popular e democrática. Quando o 5G aparecer, vai ser revolucionário e pode mudar a forma como vemos TV. Eu não assisto à TV pelo celular, não aguento ver um filme assim. A não ser como um quebra-galho, como na antessala do médico ou do dentista. Quando quero ler textos com fontes maiores, é no iPad que vou buscar. Para ler meus e-mails, abro pelo iPad que as letrinhas já estão maiores, mas é evidente que a TV vai se reinventando”, diz ele, também assíduo ouvinte de rádios. “Quando TV chegou ao Brasil há 70 anos, disseram que o rádio acabaria. O rádio está firme até hoje e se reinventado.”

Durante a conversa, Tony estava na companhia da cadela, a labradora Mel, em seu escritório. É lá que conserva seus livros, guarda os DVDs com trabalhos em novelas e prêmios e troféus, como o Kikito de melhor ator do Festival de Cinema de Gramado, conquistado pelo trabalho no filme Bufo & Spallanzani (2001).

Ao falar sobre a situação do país e o cenário político atual, Tony descarta a possibilidade de vir a ocupar um cargo público e afirma que sua grande preocupação é com o setor da educação. “O sistema educacional deveria ocupar a criança das 7h30 às 16h. As escolas públicas deveriam oferecer artes, esportes, além da grade curricular acadêmica. Esse é meu sonho. Não um sonho político, um sonho de um cidadão brasileiro. Eu moro aqui, não tenho casa fora, aqui que sobrevivo, é onde criei minha família. Sou um brasileiro que ama o país. Uma nação não é nação se não começar pela educação.”

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https://www.osul.com.br/o-maior-jurado-da-minha-carreira-e-o-povo-diz-tony-ramos/ “O maior jurado da minha carreira é o povo”, diz Tony Ramos 2020-09-18
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