Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2020
Ministro afirmou que pandemia do novo coronavírus exigiu debates com comissão de estatísticos e infectologistas meses antes do pleito
Foto: Nelson Jr./SCO/STFO presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, revelou que a Corte cogitou separar os eleitores por faixa etária durante as eleições municipais deste domingo (15), que ocorrem em meio à pandemia do novo coronavírus.
“Nossa primeira providência era alongar a jornada eleitoral, aumentar o número de horas, e saber se era bom ou não reservar faixas etárias para evitar aglomerações”, afirmou Barroso.
Segundo o ministro, a decisão de prolongar a jornada eleitoral em uma hora e reservar as primeiras três horas de votação aos cidadãos com mais de 60 anos foi tomada após reuniões com uma comissão de estatísticos.
“Com ajuda do Inpa, da Usp, do Insper e da Fiocruz, que analisamos junto com os estatísticos do TSE o fluxo de votação de anos anteriores e o grau de saturação para verificar o risco de filas e aglomerações”, disse o presidente do TSE.
Para estabelecer as normas sanitárias para evitar contaminações pelo novo coronavírus, Barroso revela que o TSE conversou com a Fundação Osvaldo Cruz e com os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein.
“Cada um indicou um infectologista e nos reunimos, todo o mês de julho e de agosto, elaboramos um plano de segurança sanitária em conjunto com a nossa consultoria sanitária”, disse ele.
Barroso recorda que a comissão resultou na recomendação para a compra de grande quantidade de materiais e equipamentos de segurança. “São 9 milhões de máscaras descartáveis, entre primeiro e segundo turno, porque precisa trocar a cada 4 horas. Cada mesário recebe três máscaras. Além disso, 2 milhões de protetores faciais, 2 milhões de frascos de álcool gel. Para eleitores, 1 milhão de litros de álcool gel, marcadores adesivos no chão e 500 mil canetas”, avaliou.