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Esporte Após declarações machistas, o chefe do comitê organizador da Olimpíada de Tóquio renunciou ao cargo

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Yoshiro Mori, 83 anos, havia dito que "as mulheres falam demais". (Foto: Divulgação/COJ)

Chefe do comitê organizador da Olimpíada de Tóquio (Japão), Yoshiro Mori renunciou ao cargo nesta sexta-feira (12), após reiterar os seus pedidos de desculpa por comentários públicos de teor machista que haviam desencadeado uma onda de críticas em âmbito internacional.

O caso contribuiu para conturbar ainda mais um evento que deveria ter sido realizado em 2020 mas acabou adiado para este ano, por causa da pandemia de coronavírus. Faltando cinco meses para os Jogos, a organização agora ainda precisa encontrar um novo líder.

“A renúncia do ex-primeiro-ministro nipônico [2000-2001] de 83 anos minará ainda mais a confiança na capacidade dos organizadores para realizar o evento”, alertou um analista esportivo em reportagem na imprensa do país.

Um comitê de seleção composto por um número igual de homens e mulheres, e centrado em atletas, escolherá um novo presidente, disse o executivo-chefe da Tóquio 2020, Toshiro Muto, em uma coletiva de imprensa após uma reunião de uma comissão de conselheiros.

Ele não disse quando a decisão será tomada, mas que isso tem que acontecer rapidamente e que o candidato deve ter experiência olímpica e entender coisas como diversidade e inclusão. Dentre os candidatos possíveis está a ministra da Olimpíada, Seiko Hashimoto, noticiou a mídia.

Seiko, 56 anos, participou de sete Olimpíadas e é uma parlamentar pioneira. Seu primeiro nome se baseias nas palavras japonesas para ‘chama olímpica’ e ela nasceu pouco dias antes do início da Olimpíada de Tóquio de 1964.

Relembre a polêmica

Yoshiro Mori causou furor no início deste mês, durante uma reunião do Comitê Olímpico nipônico, ao declarar que “as mulheres falam demais”. A manifestação, considerada sexista e machista, provocou um coro de pedidos pela sua demissão. Inicialmente, porém, ele se recusava a abdicar do cargo.

“Meus comentários impróprios causaram muito problema. Peço desculpas”, disse Mori no início de uma reunião de autoridades graduadas do comitê organizador nesta sexta-feira (12), acrescentando que o mais importante é a Olimpíada de Tóquio ser um sucesso.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse estar “comprometido como sempre” com a realização dos Jogos, que devem começar em 23 de julho.

“O COI continuará a trabalhar de perto com seu sucessor para realizar os Jogos Olímpicos de Tóquio com segurança e proteção em 2021”, disse o presidente da entidade, Thomas Bach, em um comunicado.

Na quinta-feira (11), Mori pediu ao prefeito da Vila Olímpica, Saburo Kawabuchi, 84 anos, que assumisse o cargo, mas nesta sexta-feira (12) a mídia noticiou que ele recusou o posto em meio à consternação pública com o fato de o possível sucessor ser mais um idoso.

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