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Saúde Entenda por que a vacina de Oxford/AstraZeneca foi suspensa em alguns países europeus

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Medida é preventiva e não há evidência que os conecte com a vacinação. (Foto Getty Images/BBC)

Ao menos 13 países da União Europeia suspenderam temporariamente o uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, depois de relatos de formação de coágulos em pessoas vacinadas.

Na semana passada, Dinamarca, Noruega e Itália foram os primeiros em anunciar uma pausa nas aplicações para analisar dados da vacinação após a Áustria suspender um lote da vacina por conta de uma morte por embolia pulmonar – que poderia ser consequência da formação e desprendimento de um coágulo.

Coágulo é uma espécie de bloco de sangue com consistência mais sólida.

As autoridades sanitárias destes países ponderam, no entanto, que não há a comprovação de que a vacinação tenha aumentado a incidência de coágulos em pacientes – mas reforçam que o evento adverso pede por precaução.

Os governos da Bélgica, Polônia, Romênia e Grécia se posicionaram contrários a esta suspensão. Segundo eles, a falta de vacinação pode causar ainda mais problemas que os efeitos adversos discutidos.

A União Europeia tem ao menos quatro vacinas autorizadas para a aplicação nos 27 países membros do bloco. A primeira a ser autorizada, em dezembro de 2020 foi a da Pfizer/BioNTech. Ainda estão disponíveis as vacinas da Moderna, Oxford/AstraZeneca e Janssen (Johnson & Johnson).

1) A vacina é segura?

SIM. A vacina de Oxford é segura. Sua segurança foi comprovada em um estudo de fase 2 publicado, no ano passado, pela renomada publicação científica “The Lancet”.

Segundo o artigo, a vacina induziu “uma forte resposta imune” em idosos e registrou apenas reações adversas leves como dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, febre e dor muscular.

A diretora da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Emer Cooke, afirmou que “não há indicações” de que as vacinas sejam causadoras destes coágulos. Ele disse também que especialistas da organização apresentarão um parecer atualizado sobre a vacina em 18 de março.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já declarou diversas vezes que a vacina de Oxford é segura, tanto que a agência de saúde das Nações Unidas aprovou seu uso emergencial.

2) A vacina de Oxford já foi suspensa antes em algum lugar antes?

A suspensão temporária das aplicações após o aparecimento de eventos adversos é um procedimento comum. Isso aconteceu com a vacina de Oxford, ainda na fase de estudos, quando um paciente do Reino Unido apresentou uma reação que poderia estar ligada à vacina.

Naquela época, o laboratório suspendeu o estudo de segurança e eficácia temporariamente. Os ensaios voltaram semanas depois, quando uma equipe independente de cientistas comprovou que um efeito adverso registrado não tinha relação com a vacina.

No início do ano, o governo da Alemanha chegou a pedir que a vacina de Oxford não fosse aplicada em idosos. Isso porque as autoridades sanitárias do país questionaram a quantidade de estudos da vacina para essa faixa etária.

No entanto, a Alemanha voltou atrás e – no começo de março – recomendou a aplicação da vacina em pessoas com mais de 65 anos.

Noruega também já havia acendido um alerta contra outra vacina, a da Pfizer/BioNTech, depois que 33 idosos morreram após tomar a primeira dose – mas uma investigação independente não ligou as mortes com o imunizante.

Já a África do Sul suspendeu a vacinação com a vacina de Oxford depois que um estudo preliminar – e apenas com voluntários jovens – apontou que o imunizante era menos eficaz para a variante 501Y.V2, dominante no país.

3) A formação de coágulos está relacionada à vacina?

Não há nenhuma relação já estabelecida até o momento entre a vacina e a formação de coágulos no sangue.

“Não é porque duas coisas acontecem ao mesmo tempo, que elas têm uma relação de causa e consequência”, explica Fontes-Dutra. “É preciso de mais estudos para estabelecer essa relação causal.”

A biomédica reforça que a pausa nas aplicações é um mecanismo a mais de segurança no processo de produção e distribuição de vacinas.

Ela aponta ainda que relatos como estes devem ser analisados, e que eles sempre vão acontecer, mas que a pausa não significa que a vacina seja insegura.

“A gente já viu isso para várias outras vacinas, também para as contra a Covid-19”, disse a Fontes-Dutra.

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