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Brasil A Região Sul do Brasil bate recordes diários de mortes e sofre com colapso dos hospitais. No Norte, Rondônia também passa pelo pior mês desde o início da pandemia

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País registrou 4.190 novas mortes pelo novo coronavírus nesta quinta-feira. Total chegou a 345.287. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mesmo antes de o mês acabar, todos os Estados da Região Sul do Brasil já bateram recordes de mortes por covid-19 em março, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Fora da região, Rondônia, no Norte, também bateu recorde.

O Paraná registrou, do dia 1º até terça-feira (16), 2.245 mortes por covid-19. O recorde anterior do Estado era de janeiro, quando 2.041 pessoas morreram durante todo o mês.

Em Santa Catarina, foram 1,6 mil mortes até a mesma data. O recorde anterior era de dezembro, quando 1.491 pessoas perderam a vida para a doença.

O Rio Grande do Sul registrou 3.214 óbitos. O recorde anterior do Estado também era de dezembro, quando 2.059 pessoas morreram.

Em Rondônia, foram registradas 614 mortes até o dia 16. O recorde prévio era do mês passado, quando 606 pessoas morreram em todo o mês de fevereiro.

Todos os Estados do Sul – assim como o resto do Brasil – vêm sofrendo com um o colapso no atendimento de pacientes com coronavírus. Na terça-feira (16), a Fiocruz disse que o País passava pelo “maior colapso sanitário e hospitalar da história”.

Especialistas atribuem a lotação das UTIs a diversos fatores: progressão rápida do vírus, especialmente da variante brasileira, relaxamento da população e falta de gestão das autoridades.

Sem margem para ampliação de leitos que acompanhe o crescimento desenfreado de contágio, a equação não fecha. A falta de recursos, principalmente humanos, torna difícil de contornar o problema a curto prazo, segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto.

“Nós estamos no limite de recursos humanos. O Conselho Regional de Medicina editou uma nova normativa aceitando uma equipe médica a cada 15 leitos de UTI, antes era uma equipe médica a cada 10 leitos. Está nos ajudando isso”, apontou.

Apesar da alta nas mortes por coronavírus, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirma que já registra menores taxas de contágio e de novos internados por dia em hospitais e analisa a retomada da cogestão do modelo de Distanciamento Controlado a partir da próxima segunda-feira (22). A ocupação nos leitos de UTI nesta quarta atingiu 109%, o que representa 300 pessoas a mais do que a capacidade.

No Paraná, o governador Ratinho Junior (PSD) prorrogou até 1º de abril as medidas menos restritivas adotadas desde 10 março. Na terça, quando foi publicado o decreto de prorrogação, o Estado teve o maior número de mortes por covid-19 em um dia, com 310 registros. Pelo decreto, continua em vigor o toque de recolher entre 20h e 5h. O comércio e serviços não essenciais podem funcionar com restrições em dias de semana. As aulas presenciais da rede estadual permanecem suspensas.

E, em Santa Catarina, a escalada de contágio atinge todo o Estado que, há três semanas, está no nível considerado mais grave para a transmissão da doença. Nesta quarta, 442 pessoas esperavam por um leito de UTI.

Uma das regiões que mais preocupa é a Grande Florianópolis, onde 17 municípios se uniram e adotaram um decreto único que restringe a circulação de pessoas. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL), disse que “temos que aprender a conviver com o vírus” e estuda reduzir as atuais restrições aos fins de semana, incluem limitação de horários e lotação nos estabelecimentos.

É preciso parar, apontam os especialistas. O vírus e a circulação.

Para o professor Fabrício Mengon, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a aplicação das medidas restritivas devem ter como base o conhecimento científico.

“As medidas restritivas que causam impacto na redução na curva de casos e de mortalidade devem durar pelo menos duas semanas, devem prever a restrição inclusive de atividades do comércio varejista e de todas as outras atividades não essenciais. Não podemos pensar em medidas, não é tolerável pensar em medidas que são baseadas em horários específicos de circulação de pessoas. Por que o vírus não respeita horário de circulação”, explica Mengon.

Para o presidente da Regional do Rio Grande do Sul da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), o médico Wagner Nedel, a disseminação da variante P.1, considerada mais transmissível e causadora de sintomas mais intensos, e a “confiança” da população, que diminuiu o isolamento social, aceleraram a progressão de casos.

“Acho que tem causa bem clara para isso foi a progressão de casos graves de uma maneira muito rápida, acelerada. Tínhamos um momento de estabilidade e a população começou a ter mais confiança”, apontou.

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