Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de junho de 2021
A crise na Seleção Brasileira parece ter esfriado após o afastamento de Rogério Caboclo por acusações de assédio sexual e moral. Mas o episódio lançou luz para um relação pouco falada no futebol brasileiro: a do técnico Renato Portaluppi e do presidente da República. Afinal, o que faz do ex-treinador do Grêmio o favorito de Jair Bolsonaro a ponto do agora presidente afastado da CBF ter prometido ao Planalto sua contratação para o lugar de Tite?
Embora as opiniões políticas de Renato não sejam tão divulgadas, ele nunca se privou de manifestá-las quando provocado. O técnico já revelou ter votado em Bolsonaro para presidente e, com seu governo já em andamento, deu declarações de apoio. Inclusive tendo presenteado o político com uma camisa do Grêmio.
Os dois se conhecem desde a eleição presidencial, em 2018. Mas a pandemia os aproximou. Quando o futebol foi paralisado, Renato virou uma espécie de consultor informal de Bolsonaro. Era a ele que o presidente recorria para saber se o esporte tinha condições de ser retomado. Os motivos: além de ser seu apoiador (ou seja: identificado com suas ideias), o então técnico gremista havia sido um dos primeiros a se manifestar sobre a necessidade de parar com os jogos. Logo, estava bem informado sobre o assunto.
Antes disso, contudo, Bolsonaro e Renato já estavam alinhados. Em 2019, quando revelou voto no presidente, o treinador chegou a criticar aqueles que faziam oposição a ele.
“Votei nele. É meu presidente. O Bolsonaro e o Sérgio Moro são pessoas do bem que querem o bem do Brasil. Na minha opinião, quem é contra esses caras é contra o crescimento do Brasil”, disse ao jornal “Folha de S.Paulo”.