Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2015
Engenheiros da Volkswagen disseram que instalaram o software para manipular os dados de emissões poluentes em alguns motores a partir de 2008, segundo reportagem publicada nesse domingo no jornal “Bild am Sonntag”. Os profissionais, que trabalham no desenvolvimento de motores na central do consórcio em Wolfsburg, no Norte da Alemanha, explicaram que o motor EA189, em desenvolvimento desde 2005, estava a ponto de começar a ser produzido em série. Por não encontrarem uma fórmula que os permitisse cumprir, ao mesmo tempo, os limites de emissões de poluentes e os de custos, recorreram ao software para evitar que um projeto que era de grande importância para a companhia tivesse que ser paralisado.
Até agora, não há indícios de que o ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn – que renunciou por causa do escândalo –, estivesse ciente das manipulações. Por outro lado, o jornal garantiu que um dos mais próximos colaboradores de Winterkorn, Ulrich Hackenberg, está na mira da investigação interna, suspeito não só de saber da fraude, mas de ter dado a ordem para que ela acontecesse. A manipulação dos dados de emissões poluentes nos motores a diesel da Volkswagen provocou um escândalo que pode custar bilhões de euros à companhia alemã.
PPE
No Brasil, a Volkswagen foi a mais recente empresa a aderir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego) – no qual as empresas em dificuldades financeiras podem reduzir a jornada de trabalho e os salários em até 30%, a fim de manter os emprego.
Ao todo, sete companhias já aderiram ao projeto e outras 26 estão com processos em análise. Segundo o Ministério do Trabalho, essas 33 organizações reuniriam mais de 23 mil trabalhadores.
As empresas Grammer do Brasil, Rassine NHK Autopeças e Caterpillar do Brasil foram as primeiras a aderir ao programa. Depois, foram incluídas Pricol do Brasil Componentes Automotivos, Indústria de Serras Dal Pino e Mercedez-Benz do Brasil.