Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
Apontado como operador da UTC Engenharia, o contador Roberto Trombeta e o seu sócio, Rodrigo Morales, fecharam acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. Trombeta virou alvo da PF (Polícia Federal) depois que o seu contato telefônico foi identificado no celular do doleiro Alberto Youssef, também delator do esquema de corrupção na Petrobras entre 2004 e 2014.
A PF elaborou uma tabela com todos os contatos e interlocutores do doleiro e associou “nick names” (apelidos virtuais), cadastros de linhas telefônicas e e-mails. Com isso, foi possível identificar “a capacidade de articulação dos negócios possivelmente ilícitos” de Youssef.
Em um relatório de março, a PF aponta a identificação de várias mensagens entre os interlocutores “Primo”, referente a Youssef, e “RO”, cadastrado em uma linha de propriedade da Hedge Car LVME Equipamentos, empresa controlada por Trombeta e Morales. Em geral, eram tratados quatro assuntos: movimentação de valores em dólar no Standard Chartered Bank de Hong Kong (China), transações de valores em moeda nacional, operações bancárias variadas e negócios em São Luis (MA).
Em depoimento aos investigadores, em junho, Youssef afirmou ter conhecido Trombeta em 2011, na residência do executivo Valmir Pinheiro Santana, da UTC, e que algum tempo depois eles passaram a fazer negócios em sociedade. (AG)